terça-feira, 26 de janeiro de 2010

GERACÃO DA VIRAGEM: COMO TRADUZIR DO DISCURSO A REALIDADE

A retórica sobre a discussão dos assuntos da juventude tem vindo a despoletar acesos debates nos últimos dois anos, infelizmente ainda não se conseguiu evoluir da abordagem retórica para a fase de discussão factual e precisa trazendo respostas para os anseios da juventude.

Apesar de ser reconhecível que essa discussão retórica vem de alguns anos atraz, também é verdade que a mesma ganhou um tom mais acentuado com o início da última campanha eleitoral o que levou a que mais tarde grande parte dos manifestos eleitorais considerassem a juventude como o centro da acção governativa.
Felizmente, dentro desses pârametros, também se definiu o manifesto do Partido Frelimo e do Presidente Guebuza, vencedores do escrutínio eleitoral, por isso, estamos esperançados que este seja realmente o quinquénio da viragem, o quinquénio da juventude.

Tentando demonstrar o seu cometimento e reconhecendo o papel da juventude moçambicana comteporânea na transformação da sociedade, o Chefe de Estado, dando exemplo dos jovens que com fruto da sua astúcia e engajamento tem estado a engendrar mudanças no meio rural, aumentando o número de médicos, magistrados, melhoramento da qualidade da justiça ao nível dos distritos, apelidou que estava sendo construída uma Geração, inspirada na geração de 25 de Setembro e 08 de Março, tendo apelidada a mesma de GERAÇÃO DA VIRAGEM.

Com este gesto acreditamos que o Chefe de Estado estava de forma clara a deixar marcado que tem estado a acompanhar os feitos que tem sido protagonizados por vários jovens do Zumbo ao Índico e reconhece o valor dos jovens Moçambicanos, ainda que contraste com a visão de alguns segmentos políticos conservadores da sociedade moçambicana.

Mais tarde, exactamente no seu discurso de tomada de posse, falando aos jovens, o Presidente da República voltou a falar da Geração da Viragem, definindo o seu propósito, “que é lutar e vencer a pobreza”, desafiando-nos, tendo adiante se referido que a arma para alcançar tal desiderato deverá ser “o conhecimento, a sagacidade e a visão da geração de 25 de Setembro e da Geração de 8 de Março”.

Em dois momentos, o Presidente da República dá sinais bastante importantes para entusiasmar um debate que pode colocar realmente a juventude no centro da acção governativa como é do desejo desta classe social. Numa primeira fase quando o Presidente reconhece os feitos que tem sido protagonizados pelos jovens, assim como, quando apela para o aglutinar de esforços da juventude na construção duma causa comum, “o combate a pobreza”, que só pode ser alcançada com a existência duma consciência nacional.

Apesar de ser pivotal e deverás estratégico o sinal que é lançado pelo Presidente da República para resgatar o papel da juventude na sociedade moçambicana e sobretudo para galvanizá-la para o alcance do interesse nacional, ainda assim, é consensual em vários circulos da juventude e não só, que é urgente que o discurso do Presidente da República seja transformados em instrumentos de governação, de tal modo que realmente a juventude possa engendrar uma viragem, ou melhor, para que a Geração da Viragem tenha êxitos no combate a pobreza.

Por outro lado, é preciso reconhecer que do lado do Presidente da República no acto de formação do governo de uma forma quase que inovadora, juntou alguns jovens, e congratulamos pelo facto, e acreditamos ser com esses actos e acções que se pode tornar possível a existência duma geração da viragem. Mesmo assim julgamos que ainda é possível fazer mais para que tenhamos os meios e os instrumentos necessários para ultrapassarmos o desafio que nos coloca.

De forma inicial nos parece pouco difícil ter uma juventude a escala nacional a se consciencializar por uma causa comum, quando o Chefe do Estado é o único dirigente que se interessa pela construção duma agenda jovem, que reconhece o papel da juventude. Era necessário que ao nível dos distritos, das provincias, do meio rural, do meio urbano, nas Empresas Públicas e Privadas, os dirigentes entendessem o sinal dado pelo Presidente da República e lado a lado trabalhassem com os jovens.

A ser assim, seria um sinal claro de que a sociedade em geral está consciente de que a juventude também precisa de ser parte da busca de respostas para os problemas nacionais, tendo espaço a todos os níveis, para participar activamente na luta pelo desenvolvimento nacional, e dessa forma o sucesso deste processo estaria a partida garantido.

Outro factor a volta deste assunto que interessa questionar é o facto de certamente existirem algumas referências de jovens que tem estado a inovar, a criar, a fazer coisas que tem impactos significativos na sociedade moçambicana, nos parece justo que esses jovens sejam devidamente reconhecidos, apoiados e recompensados, exactamente para criar o efeito dominó no seio da juventude, pois serviriam como um meio pedagógico para alertar a juventude que a sociedade está atenta ao papel que cada um desempenha e está devidamente estruturada para dar o estimulo necessário. Infelizmente não temos visto tais referências apesar de sabermos que elas existem.

Sem dúvida que iniciativas empreendedoras constituíriam um veículo mais aconselhável para que os jovens, partissem rumo ao combate a pobreza com largas chances de vencer. Parece-nos impossível esta via enquanto, o país ainda tiver um sector bancário e financeiro completamente desajustado a realidade económica e social em que se encontram grande parte da juventude moçambicana, o que constituí um sério obstáculo a materialização das inúmeras iniciativas empreendedoras da Geração da Viragem.

E neste aspecto esperamos por exemplo que o Fundo de Apoio de Iniciativas Juvenis (FAIJ) seja restruturado, aumentado o seu capital e a sua área de intervenção, que os Fundos de Iniciativa Local, que as agencias de financiamento tenham rubricas especificas para jovens com taxas de juros bonificados, pois assim, o discurso do Presidente, estará com alicerces para se tornar real.

Olhando para experiência do novo governo tomando como exemplo a separação entre a Educação e Cultura em dois sectores ministeriais distintos, julgo que estaria devidamente ao encontro do propósito dos assuntos da juventude e da criação de uma Geração da Viragem se fosse criado um sector específico para discussão e defesa dos assuntos da juventude, o Ministério da Juventude.

O propósito de criação duma geração, obriga a partida, uma ruptura completa com a ordem transacta quer nos seus procedimentos quer na busca de respostas para sustentar os mecanismos de alcance da causa proposta, por isso, era importante que o processo de criação duma consciência nacional bem como que o ideal de criação duma geração e o seu nome viesse dos próprios jovens, pois assim haveria mais apropriação do projecto e mais envolvimento dos mentores.

Exactamente por que a construção duma geração obriga a ruptura com a ordem transacta, é imprescindível que a geração 08 de Março e porque não a 25 de Setembro mostrem de forma destemida cometimento e vontade que exista uma Geração da Viragem e que a mesma tenha êxitos no seu projecto.

É por essa razão que acreditamos que do ponto de vista político é preciso não dissociar a situação em que se vive, onde se encontra o partido Frelimo extremamente dominador a todos os níveis de governação, isto é, quer no parlamento, nas assembleias provinciais, no Conselho de Ministros para perceber que desafios, que papel, se coloca a esse nível para construção de uma agenda jovem da viragem.

Sendo esse um nível, por demais estratégico, para galvanizar mudanças, sem dúvida vai ser imprescindível que os braços juvenis do partido Frelimo, percebam que estamos na hora da viragem, que devem ser proactivos neste processo, afim de conferir maior abertura ao processo de viragem. Essa proactividade deverá ser caracterizada por uma alteração significativa no seu modus operandi, iniciando uma ruptura completa com a sua forma amorfa de reagir a luta pelos assuntos da juventude, aproveitando todos os encontros partidários para reclamar, discutir, e sobretudo propor alternativas que possam responder aos anseios da juventude á escala nacional.

Estou convencido que se esses braços não tomarem esse papel, reservando essa proactividade aos outro segmentos juvenis, correr-se-á o risco de ensaiar um processo de viragem numa situação em que em algum momento os jovens são apelidados de antagonistas políticos. Sem dúvida que a ser assim os jovens vão encontrar muita resistência no seu processo rumo a viragem e tornar-se-á moroso e mais complexo, podendo até tomar outras tendências que não as que inicialmente se pretendem.

E um dos grandes indicadores de que os jovens estão conscientes da necessidade de serem agentes da viragem, serão sem dúvida os jovens parlamentares, que tem a missão de propôr e aprovar projectos de lei em defesa da causa da juventude como tambem colocar os assuntos da juventude para serem debatidos com grande frequência na magna casa do povo.

É pouco perceptível que se construa uma geração da viragem, sem que antes se crie uma Política da Juventude que esteja verdadeiramente a altura dos propósitos da juventude no que respeita a habitação, ao emprego, acesso ao ensino, na luta contra o HIV/SIDA, alcoolismo etc. A nosso vêr a criação de uma política em que estejam enquadrados todos estes elementos em forma de protecção e promoção do interesse dos jovens acabará por constituir as bases reais para construção duma consciência nacional sobre a causa da juventude.

Ainda neste quadro teremos que questionar o papel do Conselho Nacional da Juventude para aglutinar os anseios da juventude assim como o seu papel na construção da Geração de Viragem. Podemos afirmar com clareza que constituí um obstáculo a concretização desse objectivo o facto do CNJ ainda não conseguir afirmar-se como a alavanca promocional do debate dos assuntos da juventude, pelo facto, de estar de forma sequenciada a não criar mecanismos para fazer chegar junto do público alvo a sua agenda central, correndo o risco, de ser mais uma direcção voltada ao fracasso.

É verdade que a grande responsabilidade da criação da Geração da Viragem, reside nos jovens, mas é preciso, estarmos conscientes de que o sucesso dos jovens para esse objectivo, não se limita apenas nos discursos do Presidente da República, apesar de ser deverás estratégico e motivador o papel desempenhado por S.Excia o Presidente da República, mas os políticos, enfim a sociedade em geral deverá contribuir para que esse desiderato da construção duma geração que tem por missão combater a pobreza, seja materializado, sem no entanto se imiscuirem desse objectivo que sem dúvida só poderá ser alcançado se todos fizerem parte desse projecto.

42 comentários:

  1. Noa

    O teu post chama atenção à muitos aspectos na governação que deverão ser tomados em consideração para acomodar o discurso de investidura do Chefe de estado, principalmente na colocação da juventude no epicentro da Governação.

    O debate criado em torno das permissas por detrás da atribuição do termo "Geração da Viragem" é importante para compreendermos o alcance do Presidente Guebuza, mas mais do que isso é importante este debate sobre como é que O Estado e a sociedade se devem movimentar tendo a juventude como epicentro da governação.

    Claramente que o associativismo juvenil, um dos agentes de afirmação da juventude, deverá adoptar uma postura mais proactiva, com grande destaque para as juventudes partidárias (a juventude da Frelimo nesse aspecto é a mais visível comparativamente à dos outros partidos) e o Conselho Nacional da Juventude no seu papel de intermediário entre o governo e o Associativismo.

    Do lado dos fazedores de políticas económicas e sociais será preciso ter sempre em mente a juventude aquando da elaboração de planos e programas concretos. Esse esforço político deverá ser acompanhado por um esforço financeiro e de formação tecnico-profissional maior.

    A Juventude cabe o papel de continuar com esta nova postura que lhe é característica, e potenciar as suas novas capacidades e habilidades de participação no desenvolvimento. A título de exemplo, a blogosfera vem se tornando um campo de debate com jovens a afirmarem-se na sociedade e a influenciarem o rumo do desenvolvimento, sem que para tal tenham sido convidados, sem que para tal tenham algum salário. É assim que surgem gerações iluminadas.

    Parabéns pelo post
    Basílio

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  2. Basilio Muhate,

    A um fenomeno que pode influenciar o sucesso ou melhor a apropriacao da necessidade da Viragem e da criacao duma Geracao com causa propria por parte dos jovens.

    Exactamente porque regra geral as geracoes com causas proprias emergem por si, e nosso caso a Geracao da Viragem estar muito associada a um apelo do Presidente da Republica, vejo, que e urgente esclarecer que o Presidente da Republica sim impulsionou a sua criacao mas com base em feitos que testemunhou que jovens iam realizando que tinham caracteristicas para marcar a viragem no combate a pobreza absoluta.

    Este sinal foi variadissimas vezes enunciado pelo chefe do Estado quando se referia aos resultados do Projecto Ferias Desenvolvendo o Distrito da AEFUM. Mas a forma efusiva como o chefe do Estado colocou o desafio a Geracao da Viragem no seu discurso de tomada de posse, faz me pensar, que e preciso que a escala nacional os jovens saibam que sao chamados a iniciar um processo revolucionario de viragem.

    Infelizmente da analise que faco, julgo que existem alguns elementos ainda em falta para que se atinja uma consciencia nacional no seio juventude sobre a necessidade de criacao duma geracao com causa propria.

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  3. Alguem questionou noutro fórum se existe um fórum parlamentar da Juventude.

    Ainda não existe fórum parlamentar da juventude. Parlamento Juvenil que existe é um projecto de jovens para aadvocacia, mas peca por não estar interligado com os canais instituídos para o debate fluir com mais resultados na governação. Um verdadeiro parlamento juvenil devia ter juventudes partidárias representadas por exemplo, devia cer um centro de debate sobre a juventude onde fluissem pensamentos diferentes. É imperioso que a Assembleia da República tenha um Gabinete parlamentar da juventude ou uma comissão especializada para o efeito, senão toda a tendencia actual fica distorcida.

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  4. Basilio,

    Penso que foi o Leopoldo Amaral que colocou essa questao, mas para alem, do que ja bem referenciaste acima que eu enquadro na sequencia dos elementos indispensaveis para que exista uma Geracao da Viragem, poderia questionar tambem: Sera que e preciso criar um parlamento juvenil, para que jovens que estao na assembleia da republica proponham materias do interesse da juventude?

    Sera que na magna casa do povo, nao e reconhecido o jovem como um grupo social da sociedade mocambicana? Porque entao deveriam ser apenas os jovens a falarem de assuntos da juventude, e mais do que isso porque teriamos que criar um OUTRO parlamento.

    Esse cenario e que me faz afirmar que nao basta que apenas o Presidente da Republica fale da Geracao da Viragem e necessario que haja um efeito multiplicador acompanhado de actos e accoes concretas junto dos outros circulos de poder, para que essa Geracao se materialize.

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  5. Sem duvida que um dos assuntos que "polemiza" ou motiva a discussao sobre a Geracao da Viragem e a nomeacao de Nkutumula para Vice-Ministro da Justica. Ca entre os meus botoes, tenho me perguntado, qual e a correlacao entre essa nomeacao e a Geracao da Viragem? Um jovem quando nomeado nao e por competencia mas sim por ser jovem, teoria do equilibrio etario? Como voces veem isso?

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  6. É bastante interessante o assunto e as diferentes interpretações que tem merecido por diferentes entendores. Mas o mais interessante e importante é que não basta ser jovem e pensar que pertence a geração da mudança, é sim necessário que pertecendo a esta geração, seja capaz de mostrar e contribuir com A e B naturalmente com ideias, para que efectivamente possa merecer certa confiança de ocupar lugares estratégicos no nosso Governo. Confiança e aceitação pelos jovens da geração de viragem da década 60 pois claro que eles imprimiram uma certa dinâmica para mudar o rumo com os que os acontecimentos seguiam. Portanto, é importante que os jovens mostrem que efectivamente são capazaes de imprimir uma certa dinâmica para o melhor com as coisas andam

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  7. O PR esta de parabens por trazer para a juventude este tema. Quem de vez em quando galga este pais, principalmente no meio rural, encontra rapidamente o alcance do que se pretende. 1. Temos que comecar por corrigir as emocoes e acreditar que nos proprios somos a solucao dos problemas existentes, assim o tenho dito aos meus filhos. 2. Tanta terra, tanta agua, tanto dinheiro no Distrito, o que falta? Falta assumir, aceitar, acreditar e contar connosco proprios e nao com quem quer que seja vindo sei la de que parte do planeta. 3. Ate hoje estudava-se para ser gente grande e nunca diziamos aos nossos filhos que eles podiam estudar para serem empresarios, donos dos seus projectos, empreendedores. No meio urbano percebe-se o que significa empreendedor mas temos poucos. No meio rural nao se sabe o que isso significa e temos muitos empreendedores. 4. A comunicacao em marcha, encimada pelo discurso do PR visa abrir mentes e capacidades, abrir horizontes e imaginacao criadora, para todos vencermos um mal. O mais importante disto e que se a juventude assumir o seu papel entao Armando Guebuza tera recriado o 25 de Setembro e 8 de Marco no contexto do Seculo XXI. Pedro Lavieque

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  8. Meu Querido Rufino,


    A forma como colocas a tua opiniao enquadra-se na duvida que tem me corroido ao longo do tempo. Como deves ter percebido ao longo do texto tento insinuar duas coisas que a Geracao da Viragem ja existia ou dava sinal de emergir e o Chefe de Estado apenas a catalagou, mas por outro lado faco eco a uma corrente que tenta mostrar que a Geracao da Viragem resulta dum apelo do Presidente da Repblica aos jovens para que tenham na sua epoca uma causa propria.

    Rufino,

    Afinal como emerge no seu entender essa geracao da Viragem?

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  9. "4. A comunicacao em marcha, encimada pelo discurso do PR visa abrir mentes e capacidades, abrir horizontes e imaginacao criadora, para todos vencermos um mal. O mais importante disto e que se a juventude assumir o seu papel entao Armando Guebuza tera recriado o 25 de Setembro e 8 de Marco no contexto do Seculo XXI." Pedro Lavieque

    Pedro Lavieque,

    Nosso poeta da blogosfera, tentei rimar nao consegui.

    Olha meu mano do teu quarto ponto que acima transcrevi, subjaz que as mentes dos jovens precisam abrir, sendo este o apelo que o Chefe do Estado faz, para que posteriormente possa emergir uma Geracao que vai mudar o Status quo.

    Caro Pedro,

    No cotexto actual em que se encontram inseridos os jovens mocambicanos, existem realmente condicoes estruturais para que as mentes dos jovens abram ate engendrar mudancas significativas? Se tomarmos em conta que mudar, significa muita coisa, estarao os mentores da Geracao da Viragem preparados para serem mudados?

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  10. Olha, Noa Parabens pelo esforço de ter escrito um Texto.
    Entretanto, penso k ele podia estar mais elaborado. Veja que por exemplo falas que o Novo governo é inovador porque já contempla jovens. Para o teu conhecimento, aqui não há nada de inovação, basta pegar em livros e vais ver que há bastante tempo já se faz isso, alias, o governo de 1975 mais da metade era jovem. o Actual tem um, dois ou tres jovens. Como ve não ha inovação, mas sim regressão.
    2. No teu texto defende a criação do Ministério da Juventude separado do Desporto. Em outras palavras eu diria que defendes a CULTURA DE CRIAÇÂO DE MUITAS INSTITUIÇÔES. Neste caso haveria Ministério das Mulheres, das crinças, dos jovens, dos pais, da cultura, de desporto, educação, transportes, comunicações, etc, etc. Cada coisa um ministério específico com todas as implicações financeiras e burrocráticas que carregam. Depois iriamos de reclamar fazer parte de uma geração....lamento;
    3. Conhece alguma parte do mundo em que o Presidente ou sei la quem disse alguma geração que voces são a geração X ou Y ? (aqui sim há inovação negativa, claro). A história encarrega-se pra fazer. E depois, quem disse que deve-se dar noome a todo custo a cada geração. Deixemos de Ser caixas de ressonancia e produzamos textos científicos pelo menos numa vez.

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  11. Anonimo,

    Me pareces alguem familiar, ao mesmo tempo alguem bastante desconhecido, apesar de saber que me es familiar. Enfim, e o preco do anonimato.

    Repare que no seu comentario que me parece mais esforcado do que o meu texto, nao procuras descortinar uma serie de questoes que o proprio texto levanta, muitas delas colocadas de forma mais especifica em jeito de comentarios.

    Meu Caro,

    O que lhe parece esta questao de Geracao da Viragem? Sera que o facto de em parte alguma ter existido um Presidente que "criou" uma geracao, retira o merito da inovacao do nosso Presidente, se tiver sido o caso? Porque o que os outros fazem ou fizeram e que deve servir como modelo para nos?

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  12. Caro Noa,

    Parabéns pelo texto proposto para debate. De facto, reflecte muito o que fala por aí nos bastidores com relação a juventude, não só na prespectiva do discurso do Presidente mas também sobre como nós jovens vemos o nosso futuro.

    De facto, o termo viragem é susceptivel de várias interpretações até poderá ser aplicado de várias maneiras dependendo do objectivo que se pretende alcançar mas, uma vez estando o nosso governo na agenda da luta contra pobreza, penso que a viragem que muito se fala é nesse sentido.

    Concordando com o que já foi referido pelos que me antecederam a volta deste assunto, gostaria de manifestar o meu desejo de ver da parte do governo moçambicano uma maior proactividade com relação aos assuntos da juventude. O que sinto é que, em função da dinâmica que cada assunto vai gerando, desperta uma acção reactiva por parte do governo o que por vezes quer me parecer que este desconhece o seu campo de acção ou mesmo ainda age fora do mesmo.

    Reconheço porém, o grande esforço em se manter o Ministério da Juventude e Desportos a "funcionar" sem nem mesmo apresentar, na minha opinião, resultandos de grande impacto com relação aos assuntos da juventude. Digo isto me parece que ainda temos uma Ministério da juventude para que sejamos politicamente correctos mas se avaliarmos o desempenho e a importancia que nunca se dá ao mesmo, se calhar a Juventude seria chutada para a Acção Social, como acompanhamos de forma precipitada e "desenvergonhada" como foi a extinção da Vereação da Juventude do Conselho Municipal de Maputo no mandato do ex Presidente Comiche.

    Lembro-me ter acompanhado tristemente o fenómeno, mas alguns falavam que era necessário pois se estava a reestruturar a máquina para depois arrancar a todo o gás. Esperei, esperei, até que vi um Ministro da Juventude e Desportos a candidatar-se para Presidente do meu município e achei que finalmente, a Juventude seria resgatada. Qual quê, o Ex-ministro nem se lembrou dos assuntos da Juventude na sua estrutura, apenas fez uma acomodação extraordinária e continuou a andar...Gostaria de saber ha quantas vai a sua execução com relação aos assuntos da juventude.

    Mas... voltando ao nós, Jovens, evoluímos muito, tenho certeza! Noutros tempos davam-nos um discurso e repetiamos mas agora pelos menos procuramos saber qual é a agenda e onde nos encontramos nela.

    Entretanto, penso que é um grande desafio para nós desenharmos a nossa própria agenda, fazemos das nossas estruturas (CNJ, Parlamento Juvenil, Federação de Estudantes e outras), verdadeiras plataformas da juventude, onde debatemos a nossa agenda com o conhecimento concreto da nossa causa e expomos como patroes que somos do Estado, e que também nos possamos impor perante os doadores, realçando a importância que temos para que Moçambique se possa desenvolver.

    Para isso caros, temos que nos organizar, temos que nos organizar, temos que nos organizar mesmo! Estamos a estudar, trabalhar, somos voluntários, empreendedores, activistas, etc, mas ainda não estamos organizados de facto. Para mim, esse é o nosso calcanhar de aquiles, e é por aí que deve acontecer a viragem, os debates tem que acontecer sempre mas temos que nos mover, senão o discurso fica no papel.

    Cpts,

    Nilza

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  13. Muito, mas muito puxa-saquismo, oh caro Noa...

    Entao queres o Ministério da Juventude separado do Desporto para que te nomeiem para algum desses cargos??? E depois colocas em questao a nomeiacao do lambebotas-mor da corte (Alberto Nkutumula) para o cargo de vice-ministro e questionas se é por competencia ou por faixa etária? Entao nao sabes que ele usou de técnicas mais elaboradas de lambebotismo para chegar lá onde chegou: nas eleicoes de 2014, procure ter um espaco na TV e comente besteiras como ele fazia, mas sempre defendendo a Frelimo e talvez aí consigas um cargo de make-me-laugh da corte!

    Triste que em Mocambique há tantos ministérios, tantos ministros, vice-ministros, secretários permanentes, etc... e a merda piora porque estao todos para roubar! Será que a solucao é mesmo termos o Ali Baba e os 40 ladroes, ou podemos usar o exemplo de Samora como Jesus e os 12 Apóstolos!!!

    Chikholah Nakhapa

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  14. NILZA,
    Minha Cara,

    De ti não poderia esperar outra coisa que não fosse uma análise profunda e imparcial sobre os assuntos da Juventude. Exactamente para valorizar o seu comentário, que carrega consigo, uma grande resposta ao desafio que nos é proposto, quando te referes a necessidade de nos organizarmos, me resta apenas colocar-te uma pergunta: Que mecanismo pode ser adoptado para reflectir que a Juventude está organizada?

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  15. Chikolah Nakhapa

    Enfim, que dizer. Apenas vejo que tens usado a sua intiligência para manifestar a sua fustração. Mas me agrada que uses este espaço para manifestá-la, pois assim, serve para que eu tenha a dimensão das desigualdades sociais, e do nível do sentimento de exclusão em que se encontra a sociedade moçambicana. Permita-me, mais uma vez, dizer que ficaria bastante feliz que o teu comentário, fizesse menção ao teu ponto de vista sobre a GERAÇÃO DA VIRAGEM, até poderia ser em jeito de resposta aos vários questionamentos que coloco no texto assim como olhando para as varias questões deixadas em comentários.

    Abraço

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  16. Noa

    Parabéns pelo texto, é no maximo interessante.

    Como pensas por em pratica o que escreves aqui?

    Alberto

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  17. Um artigo muito bem compilado, o qual eu resumiria em muito poucas palavras...
    A aposta e a prioridade de qualquer governo deve ser sempre na juventude do país, investindo primeiro primeiro na educação do seu povo, depois na saúde e habitação.
    Um povo letrado e consciente é meio caminho andado para a construção e desenvolvimento de um país, também para exercerem o direito ao voto de forma consciente.
    Tudo o resto, pode crer, vem por acréscimo.
    Maria Helena

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  18. Noa, mais de metade da população moçambicana em idade economicamente activa é jovem. Logo, em diversas áreas da economia do país, são jovens que dizem presente a todo o tempo.

    Isto me leva a conclusão de que no desiderato de combatermos seriamente a dita cuja pobreza, não há como contornar a juventude. Mas como a pobreza tem que ser vencida rapidamente, o PR quer maior empenho desta geração e procura com o seu discurso espevitar os jovens de hoje a redobrarem esforços para o bem do país.

    Foram sempre jovens que estiveram nas fases mais importantes da história do país. E enquanto a estrutura populacional for esta, continuarão sendo os jovens a liderarem muitas etapas. O que o presidente está a fazer é dizer ao jovens sobre a importância que estes têm na sociedade e a txunar-lhes o ego dizendo lhes a verdade que é de que se eles cruzarem os braços...

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  19. ola Alberto,

    Es chara dum amigo meu, que sei ja foi.... Enfim e uma dor de satisfacao, espero que muitos o sigam porque foi para perto donde se decide sobre a nacao.

    Ora, e dificil responder a tua pergunta, como espero por em pratica o que escrevo? Escrevendo, abrindo as mentes colocando as questoes, sabes o que eu espero?

    1. Espero que os meus chefes, os teus, e de outros jovens que tem trabalhado para conquistar um espaco, vejam e aproveitem o seu valor.

    2. No sentido empreendedor tenho as minhas inciativas e espero que as instituicoes de credito me possam apoiar. Repare que me refiro a mim de forma representativa.

    3. Para por em pratica o que escrevo alguem deve me dar oportunidade.

    Mas a grande verdade esta em baixo


    "É verdade que a grande responsabilidade da criação da Geração da Viragem, reside nos jovens, mas é preciso, estarmos conscientes de que o sucesso dos jovens para esse objectivo, não se limita apenas nos discursos do Presidente da República, apesar de ser deverás estratégico e motivador o papel desempenhado por S.Excia o Presidente da República, mas os políticos, enfim a sociedade em geral deverá contribuir para que esse desiderato da construção duma geração que tem por missão combater a pobreza, seja materializado,"

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  20. Bem vinda, Maria Helena,


    Tenho duvidas que os problemas da juventude mocambicana possam realmente ser resumidos.Mas felizmente levantas de forma resumida as solucoes e que infelizmente nunca foram resolvidas apesar de as teres resumido? Permita-me colocar a mesma questao que me coloca o Alberto. Como a Juventude pode resolver esses problemas resumidos?

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  21. Kota Mutisse,

    Nao sei porque foste falacioso no seu comentario. Sim, a Juventude tem sido sequencialmente contornada, por isso tem sido dificil ser exitoso no combate a pobreza absoluta.

    Concordo consigo quando dizes que a juventude e a maior forca de trabalho em Mocambique, mas como tambem sabes sao os jovens os que menos emprego tem os maiores desempregados funcionais, enfim os excluidos na governacao efectiva.

    Mano Julio,

    Como reverter este quadro? Como mostrar aos nossos chefes que estamos aqui? Queremos contribuir para o desenvolvimento nacional

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  22. Amigo Noa,
    Não existem caminhos sem atropelos ou soluções milagrosas para a resolução do problema da geração da viragem...
    Para começar, vamos apostar na educação.
    Como fazer isso?
    Construindo muitas mais escolas, tornando a escolaridade gratuita e obrigatória até ao 12º ano, formar inspectores de educação que visitem e multem os pais que não enviem os seus filhos para a escola, multando as entidades ou outrem que empreguem jovens em faixa etária da escolaridade obrigatória, também formando professores com alto nível académico e sentido de moral e ética, incutindo nos alunos, seus pais e professores um espírito de trabalho de equipa, e não mandando os filhos para a escola esperando que os educadores sejam responsáveis pela sua educação académica e cívica, baixando o 'ratio' aluno/professor, isto é, as turmas terão de ter menos alunos para se poder dar uma atenção individual a cada um, e, se houverem alunos com dificuldades de aprendizagem, arranjar forma de detectá-las atempadamente, quando ainda estiverem frequentando os primeiros anos da escola primária, de forma a que estas dificuldades possam ser corrigidas e as respectivas terapias de acompanhamento seguidas, dando incentivos de ordem diversa aos professores e alunos que sejam exemplares e cumpridores, identificando alunos com potencial académico, capacidades de liderança, serviço ao próximo ou nação, trabalhadores e apostar no seu desenvolvimento a todos os níveis. Os alunos que tiverem alto nível académico nos seus 12 anos escolares, se pertencerem à camada social baixa ou pobre, devem receber bolsas de estudo que cubram os seus estudos superiores.
    Quando estes jovens estiverem formados, o governo deveria de continuar apostando neles, reunindo condições para que ganhem experiência no país e não fujam para o estrangeiro, mas para isso precisam de ter empregos onde possam auferir salários dignos para que possam formar família e oferecer-lhes as mínimas condições de uma vida normal.
    Esta parece-me ser a solução se queremos criar uma juventude independente e produtiva, desta forma contribuindo para o desenvolvimento e progresso do país.
    A prioridade do nosso governo deve ser na educação e formação de quadros.
    Como disse, o resto vem por acréscimo.
    Um abraço da
    Maria Helena

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  23. Querida Maria Helena,

    A forma como colocas as tuas respostas aos problemas da juventude, enquadra-se na teoria segundo a qual a Geração da Viragem está sendo criada pelo Chefe do Estado, é sua obra.

    Assim me parce porque não imagino que uma Juventude como a nossa, possa pensar “em construír mais escolas, melhorar os salários, baixar os ratio professor/aluno, etc. etc.

    Por outro lado, me parece que essa teu esclarecimento, também se enquadra com um dos argumentos que levanto no texto, segundo o qual o Estado, os governantes, a socie-
    dade em geral tem um papel signifivativo para que se crie como dizes “uma juventude independente e produtiva, que contribua para o desenvolvimento e progresso do país” ao que se chama de Juventude da Viragem.

    Ora, se esse é o papel estrutural inevitável mas que cabe basicamente aos dirigentes, qual é o papel que cabe aos jovens num cenário em que devem ser os mesmos devem ser promotores para que se desenhem polliticas nesse sentido.

    Como os outros segmentos vao sentir-se “forçados” a desenhar instrumentos para que a juventude possa produzir? O que resta aos Jovens neste contexto?

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  24. Noa,

    Agradecer a tua paciencia em me escutar e disponibilizar o teu espaco para dialogo! Admiro a tua capacidade de empreender em "manobras evasivas" quando o assunto nao é pacífico da tua parte! Essa é boa, é a "política da avestruz" que se sabe que para esta ave de cérebro diminuto, funciona!

    Quanto ao teu pedido de ir direito ao assunto e fazer mencao a tal "Geracao de Viragem", acedendo ao teu pedido te comento que pessoalmente eu acredito que isto é uma palhacada mais que o governo da República de Mocambique está a criar mais para distrair a atencao dos menos atentos! Qual geracao de viragem voce acredita que se pode criar num país com 53% de analfabetos? E com analfabetismo a crescer??? Com os planos de educacao e curricula totalmente desajustados a realidade de um país empobrecido como Mocambique, com uma gritante e incomparável assimetria de desenvolvimento sócio-económico entre o campo e a cidade???

    Porque é que quando se fala de jovem, fala-se apenas do jovem residente na cidade de Maputo? Será que o jovem de Nicoadala, Lumbo, Lago e outras localidades, sao menos jovens que os jovens de Maputo? Porque as accoes direccionadas para jovens somente se levam a cabo em Maputo???

    Para mim, essa de "geracao da viragem" é mais uma cambada de puxa-sacos, acéfalos e lambebotas como voce que querem atrelar-se a Frelimo para benefício próprio... se querem desenvolver o país, por favor, combatam o analfabetismo, melhorem as condicoes de saúde das populacoes, construam infraestruturas, fomentem a actividade industrial de pequena e larga escala, melhorem as condicoes de emprego para nacionais, etc... e parem de "atirar areia nos nossos olhos com baboseiras como essas"...

    Chikholah Nakhapa

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  25. Nakapah

    Tens boas ideias, mas pecas por nao teres um discurso sequenciado e falares como se estivesses frustrado com alguma coisa.
    O analfabetismo nao esta a aumentar em Mocambique e a geracao da viragem nao vem para parar com o esforco de desenvolvimento do Pais. E preciso aceitar que desenvolvimento nao e levado a cabo apenas pelo governo. Tu chikolah Nakapah porque nao es o primeiro a dar o exemplo saindo do comodismo em que estas na capital contribuindo para paises Europeus e vais ao tal campo onde representas uma mais valia para o Pais. Temos muitos agronomos que se recusam sair para o campo, nao aceitam desafios...

    Xana

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  26. XANA,

    Brilhante!!!!

    Não é de costume fazer isso, mas mais palavras para quê? Foste simplesmente fantástica na forma como respondeste ao Nakhapa.

    Infelizmente, queria antecipadamente desculpar-me, pelos ataques pessoais que poderás ser vítima, pois o sujeito nunca debate as ideias, mas sim as pessoas.

    Minha Querida,

    Ainda olhando para o discurso do Nakhapa, queria colocar-te uma pergunta, que me tem sido colocada a vários níveis: Que tipo de acções devem ser levadas a cabo para criação duma consciência nacional no seio da Juventude para empreender a VIRAGEM necessária?

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  27. “Qual geracao de viragem voce acredita que se pode criar num país com 53% de analfabetos? E com analfabetismo a crescer???” Nakhapa

    Amigo Nakhapa,

    Olha não tenho paciencia em discutir consigo, tenho sim é gosto, prazer, me anima, da-me gozo.

    Contudo, espero que evoluas para uma outra fase de dabete em que te centras nos assuntos.

    Repare que o trecho acima resulta do seu comentário, é bastante interessante apesar de contraditorio.

    Se não vejamos, a caracterização do nível de capacitação da sociedade moçambicana é inquestionável lendo o seu comentário, sendo exactamente essa situação que faz com que haja uma necessidade de se engendrar uma VIRAGEM.

    É daí que eu e a Xana que reconhecemos que nas suas leituras frustrantes, encontram-se alguns resquícios de pensamento aproveitável, desafiamos-te a apresentar algumas soluções, para que a Juventude com esse nivel de literacia, possa apropriar-se do seu desiderato de Viragem e levar a cabo e a bom termo o processo de criação da Geração da Viragem.

    Amigo Nakhapa,

    Te aguardo, sei que és capaz de escrever quatro parágrafos sem insultar ninguém, apenas a colocar propostas de soluções.

    Go ahead my freand!

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  28. Estimada Xana e estimado Noa,


    Xana:

    Em Agosto de 2006 o analfabetismo em Mocambique estava na ordem de 51,9%, segundo a fonte http://www.portaldogoverno.gov.mz/noticias/educacao/agosto2006/news_176_e_08_06/ e segundo o CIA factbook de 2009, segundo o link https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/mz.html o alfabetismo está na ordem de 47.8%, ou seja, o ANALFABETISMO está na ordem de 52.2% e como voce pode ver (se entende de aritmética básica e nao comprou o certificado da 6a classe), o ANALFABETISMO ESTÁ A CRESCER, com o agravante da lei de passagem automática, onde miúdos da 5a classe nao sabem escrever nem o seu proprio nome. Alguém comentava num blog que a Directora de uma escola primária apresentou ao professor de uma turma a lista de meninos que "deviriam passar de classe" para justificar as metas sendo que o professor nao aceitou, foi desvinculado... esta história triste, acontece um pouco por todo o país e acredites ou nao, o analfabetismo está a aumentar no país.

    E mais, oh Xana, sim falo com muita frustracao por ver o meu país ser dos 10 mais pobres do mundo, sem perspectivas para desenvolver-se pelo menos neste século. O pior é que este empobrecimento é impingido pelos nossos dirigentes, que sao os únicos ricos, num país de pobre.

    E quem te disse que eu estou no comodismo da capital? Por acaso voce sabe se estou em Luabo, Mecanhelhas, Dómue, Ibo, Xiqualaquala, Metangula, Tsambe, etc... esse é um dos problemas dos ditos "jovens e pensadores nacionais": acreditam que o país é Maputo, tiram conclusoes e implementam programas baseiados na realidade de Maputo, como se todo o país estivesse no Maputo!!! Se a populacao na cidade de Maputo fosse 50% ou 2/3 da populacao nacional, isso teria algum sentido, mas nao, a distribuicao demográfica no país nao reporta tao grandes concentracoes na capital. Xana, sái daí vai conhecer o teu país.

    Quanto ao contribuir para países europeus, nao tenho muita certeza, mas tenho claro, que estando em qualquer parte do país contribuimos para os nossos dirigentes terem uma vida como se estivessem num país europeu e é claro pagando a sua propina a alguns representantes desses países europeus que sao "corruptos como os nossos líderes"

    Chikholah Nakhapa

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  29. Noa,

    É contraditório, mas nao existe (e ao mesmo tempo existe) fórmula mágica para desenvolver um país: EDUCACAO, EDUCACAO, EDUCACAO... aquilo que o Manifesto Eleitoral de Armando Guebuza em 2004 dizia e voltou a dizer em 2009, mas nao se cumpriu (em 2005-2009), nao terá nenhum efeito posetivo porquanto o país for um país de analfabetos e os poucos alfabetizados como voce e teus camaradas forem acéfalos, acríticos, covardes e lambe-botas. A Suécia, Japao e outras nacoes desenvolvidas, e que deve ter menos de 50% da terra e recursos que Mocambique há mais de 200 anos que apostaram na educacao do seu povo e hoje sao o que sao. Entao, resumindo: educa o povo que ele se desenvolverá! Agora, aos nossos líderes nao lhes interessa um povo educado, crítico e consciente dos seus direitos e obrigacoes porque a primeira coisa que este povo irá fazer será "devolver o poder ao povo", algo que para muitos líderes africanos, seria o fim dos tempos!

    É claro que uma das barreiras que se interpoem na implementacao dum sistema de educacao sólido, é a corrupcao desmedida (em todos sectores) e o fraco investimento na area! Acredita que apenas 5% do PIB se investe na educacao e todos sabemos que o nosso PIB é dos mais pobres do mundo e uma fraccao de merda é pior merda! Comparando com outros países que tem PIB 20 a 30 vezes mais, investem mais que 5% na educacao.

    Espero ter respondido

    Chikholah Nakhapa

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  30. Chikholah Nakhapa

    O Senhor busca dados e compara-os de forma muito assustadora. Tive problemas sérios quando comecei a familiarizar-me com a matemática, mas confesso que estou estupecfacto com as suas interpretações sobre o Analfabetismo. Releia o seu proprio comment sff.
    Visite o Instituto de estatística INE www.ine.gov.mz para saber mais sobre Analfabetismo em Moçambique e assim excusa-se de ir a CIA, a Agencia Central de Inteligência dos EUA para saber sobre analfabetismo em Moçambique. Divulgou-se recentemente os resultados do censo populacional, aproveite e baixe o documento.

    O Jornal notícias na no dia seguinte após o lançamento do CENSO referiu que:

    "Segundo os dados ontem divulgados, a taxa de analfabetismo baixou dos anteriores 60,5 porcento em 1997 para 50,4 porcento em 2007, 92,2 porcento da população vive em casa própria, contra os anteriores 91,1 no mesmo período. De igual forma, dez porcento dos agregados familiares possuem energia eléctrica, 54 porcento usa petróleo e outros 30,3 usam lenha como fonte de iluminação. A preocupação tem a ver com a área de saneamento, onde a informação mostra que 54 porcento das casas não possuei qualquer tipo de saneamento básico".

    Pelas abordagens que faz vou me convencendo que o Nakapah está no comodismo, não conhece o País muito menos as instituições. Se estivesse em Luabo ou no Ibo, em Mecanhelas ou Namarroi, em Machanga ou Matituine, teria uma abordagem mais terra a terra dos problemas. O Nakapah não conhece o Moçambique real nem nunca conheceu na vida, pensa que sentado em escritórios na baixa de Maputo, em prédios com vista ao mar e com acessos facilitadissimos ao mercado central de maputo ja lhe dá o direito de pensar que conhece melhor o País.

    Eu sei que o meu país tem problemas elementares ainda, mas não preciso de chamar outros jovens de analfabetos e questionar a sua formação só para parecer que sou dono das ideias e das verdades.
    O Senhor Chikholah que saiba que todos os jovens que trabalham contribuem com impostos, o senhor não é o único que paga impostos, e mesmo aqueles jovens da cidade também estão preocupados com o País.
    Desafio-o a sair dessa cadeira ai na baixa nesse prédio com ar condicionado ao serviço de capitais estrangeiros e entrar para o país real onde pode dar uma grande contribuição com os ensinamentos que a universidade pública o atribuiu a custo zero praticamente, venha ao distrito Nakhapa.

    Xana

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  31. Xana,

    Segundo o teu ponto de vista, qual é o Moçambique real?

    Sabias que segundo essas estatísticas "fabricadas" para atrapalhar pessoas pouco atentas como voçe, o país vem crescendo a uma taxa de 10% ao ano, desde há mais de 10 anos? Se essas estatísticas fossem reais, no Indice de Desenvolvimento Humano publicado pela PNUD, o país nao seria dos 10 piores do mundo. Entao, por favor, seja um pouco mais curiosa e procure outras fontes para comprovar teus dados.

    Lamentavelmente, nao posso satisfazer teu desejo de "sair do ar condicionado" e "vir ao distrito" por duas razoes muito simples:
    1. nao estou em nenhum predio com ar condicionado ao serviço de ninguém e de nada
    2. estou no distrito e por isso nao tenho que ir a nenhum distrito. Talvez, graças as assimetrias de desenvolvimento sul-centro-norte e o teu distrito seja onde os camaradas passam seus fins-de-semana prolongados e férias, por isso, é um distrito "VIP"...

    Agora, acredito que existe algum equívoco entre nós sobre o conceito de Moçambique real e a condiçao no distrito! É possivel que o Moçambique que eu conheço seja diferente desse que conheces. Nao sendo "dono da verdade", vou actualizar-me e ver se estou enganado. Pedia que fizesses o mesmo.

    Chikholah Nakhapa

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  32. Xana,

    E verdade que o Nakhapa desviou o debate sobre a Geracao da Viragem e levou-te contigo. Mesmo assim, permita-me reconhecer que nao teria arcaiboço comparável ao seu, para discutir com o Nakhapa sobre esses assuntos e de forma brilhante como o fazes. Por isso digo abertamente parabens e va em frente, tens todo o meu apoio.

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  33. Caro Nakhapa,

    Começo a ficar com medo dos dados que me ofereces aqui. A Xana abriu-me os olhos e felizmente abriu-te também, por isso, vais fazer um update e voltar com informação credível e actualizada.

    Apesar de que, eu, tu, e a Xana estarmos a debater de forma exemplar como Jovens da Viragem não estamos centrados no tema em questão, o que nao me deixa metodologicamente muito feliz como sabes.

    Mas, mesmo assim, também queria parabenizar-te, pelo facto, de estares a conseguir travar um debate em que levas desvantagem pela coerência de informação que a Xana apresenta, sem no entanto teres resvalado em baxaria, em insultos. Parabens Nakhapa, espero que a minha congratulação não sirva de mote para desviares o seu comportamento.

    Abraco Mano

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  34. Xikholah Nakhapa

    Estatisticas serias e reais sobre Moçambique são aquelas produzidas pela CIA ? Entre o INE e a CIA quem é que anda a atrapalhar pessoas pouco atentas? Para a sua informação meu bem uma das principais fontes de dados da CIA sobre Moçambique é o INE. O Chikolah continua a desfilar a sua arrogância característica, chamando sempre para si a razão e considerando sempre outros inferiores a si. Visite as instituições caro, deixe o PNUD, a CIA, a Transparencia Internacional, etc fazerem o seu trabalho.
    Tenho fontes suficientes dentro do meu país, sei que o Chikolah prefere fontes externas, isso percebe-se pelo seu ambiente de trabalho, por isso é que insisto que venha ao distrito, que venha pisar a terra porque o senhor conhece melhor o chão do que os prédios com ar condicionado onde se encontra. Nós aqui no distrito precisamos de ti para nos ajudar a melhorar a agricultura.
    Não tente nos distrair dizendo que não está no ar condicionado, pelo menos a mim não distrai. O senhor Nakhapa pertence a um pequeno grupo daqueles jovens que reclamam de barriga cheia, daqueles jovens que pela sua ambição e inveja vêm erros em tudo e não conseguem vislumbrar coisas boas. pertence ao grupo de jovens que pensam que constituem uma elite intelectual e académica apenas porque falam ou escrevem bonito, mas que na prática nunca, mas nunca fizeram nada de concreto pelo seu país, não têm legado e nem deixam outros terem.
    Estás no distrito sim, estas no Distrito Urbano numero 1 da cidade de Maputo. Um distrito mais VIP do que esse ai não conheço e gostaria de estar, infelizmente não me é possível. O equivoco entre nós existe claramente, não hája dúvidas disso. O Moçambique mais amplo que o senhor conheçe só é visível quando está no seu local de trabalho ai na baixa de maputo. Pensa que a vista que tem sobre Maputo e arredores apartir do seu belíssimo escritório na baixa representa moçambique. Desca para terra e percorra o país e deixe de pensar que apartir da janela desse prédio consegue ver o país na totalidade. Atenção, Moçambique não termina onde os seus olhos conseguem ver.
    Actualize-se sobre pobreza, sobre analfabetismo, sobre educação, sobre saúde, actualize-se. leia CIA, leia PNUD, leia esses teus relatórios todos internacionais sobre Moçambique, mas também leia o que os teus compatriotas estão a fazer.

    Venha ao distrito meu senhor, vem dar a tua contribuição para a redução desses males que andas a soletrar. Tira essa gravata, sai do AC e vem trabalhar.

    Xana

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  35. Estimada Xana,

    Creio que entendo o equívoco: estamos os dois a falar a mesma coisa, mas com linguagem diferente e isso gera um ruido que faz parecer diferentes os pontos de vista. Vamos fazer o seguinte: elaboramos hipoteses e defendemos cada um:

    1a hipotese: O ANALFABETISMO EM MOÇAMBIQUE ESTA A CRESCER
    No manifesto eleitoral de Armando Guebuza (versao 2009), se reporta a construcao de novas escolas e expansao da rede escolar. A minha questao é se esse crescimento é proporcional ao crescimento populacional? Se a populacao cresce a ordem de 3% por ano e em 5 anos a rede escolar cresce em 10% (que seria magnifico e honestamente, uma miragem para a nossa realidade como país), estao, a rede escolar, ao fim de 5 anos, nao apresenta um crescimento posetivo. Tao simples!
    Se a isto adicionarmos a lei de passagem automatica, e a procura de cumprir metas sem ver a metodologia aplicada para efeito, recorrendo as vezes a atribuicao de notas, entao o cenario fica mais sombrio.

    2a hipotese: MOÇAMBIQUE É DOS 10 PAISES MAIS POBRES DO MUNDO
    Depois de Zimbabwe (mesmo depois da crise de 10 anos), depois do Haiti (antes do terramoto), muito depois de Cuba (mesmo com os 50 anos de embargo economico), de Sudao, com todos conflitos e problemas, etc...

    3a hipotese: AS POLITICAS GOVERNAMENTAIS NAO FUNCIONAM
    Principalmente porque ignoram o fundamental: EDUCACAO, EDUCACAO, EDUCACAO... "un pueblo culto es instrumento hermoso de su propia liberacion" Simon Bolivar.

    Chikholah Nakhapa

    P.S: A Xana, meu nome se escreve com "Ch" nao com "X".
    Ao Noa, por favor, sejamos educados e construamos um dialogo proveitoso. Por nao poder empregar o portugues de Maria Relvas no meu discurso nao significa que sou "o monstro das cavernas"...

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  36. Este artigo sobre Geracao de viragem e uma autenttica demonstracao de que Noa nao sabe onde deve ir uma vez que esta aprocura de espaco e nao. Em tempos de Faculdade foi um estudante mediodre feito de um profissional puxa saco. Este tipo nao tem discurso coerente e preciso pensar quem e o Noa. Ele almeja a forca ser governado de Inhambane sua provincia de origem que vergonha Noa e preciso trabalhar e nao escovar quem quer que seja. OK

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  37. Ola Junior,

    Esqueceste de colocar o seu nome. Bem vindo ao meu blog, este sitio e exactamente para isso, para discutirmos ideias. Enfim, e verdade que esqueceste de colocar a sua ideia sobre a geracao da viragem, talvez sequer leste o titulo do texto. Mas olhando pela forma como atacas a minha pequena pessoa, posso imaginar que estas bastante longe de lutar por causas ou sequer pensar em consciencia nacional, mas ainda assim desafio-te a leres o texto e comentares o artigo.

    Desejo-te um abraco forte e espero ao menos que da proxima quando vieres para aqui abordes os assuntos tecnicamente e nao pessoalmente, mas se nao tiveres ideias enfim, faca o que melhor sabes fazer.

    Forca

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