quinta-feira, 27 de novembro de 2008

A POSIÇÃO DOS PARTIDOS POLÍTICOS NA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DA BEIRA

QUE CENÁRIOS SE ESPERAM PARA DAVIZ SIMANGO NO MUNICÍPIO DA BEIRA

Permitam-me manifestar-me por esta via em consonância com as múltiplas intervenções que tenho estado a acompanhar quer pela Bogosfera, quer através de órgãos de comunicação em debates em que determinadas “personalidades” e em muitos casos por via de comentadores a discussão a respeito da vitória do Eng. Daviz Simango a presidência do município da Beira e muitas vezes são levantados cenários talvez não totalmente erróneos ou descabidos como diriam os mais radicais e que eu prefiro considerá-los pouco convincentes quando se analisa o cenário político no município da Beira.

A primeira leitura que deve ser feita é que o eleitorado da Beira me parece ser sui generis, uma leitura que os partidos políticos penso que estão a fazer ou já fizeram ou serao obrigados a fazer, sobre uma regiao caracterizada por um eleitorado que não só é firme nas suas convicções, mas sobretudo pelo facto de ter-se mostrado que os seus desejos estão para além de uma definição político partidária (de forças políticas) mas sim com base na continuação do projecto e obra do Eng. Daviz Simango no seu municipio.

É por essa razão que recebo com alguma dificuldade a maioria dos comentários que tem sido enunciados dando conta de que Daviz não terá condições de governar na Beira por não ter um suporte partidário na assembleia municipal e por essa via tanto a Frelimo que é o grupo maioritário como a Renamo a primeira coisa que vão fazer é chumbar o orçamento a ser apresentado pelo edil da Beira o deixando sem condições para dar passos seguintes ou de forma recorrente ir chumbando os projectos do Edil da Beira.

Apesar de ser um cenário pouco provável a meu ver, mas caso o plano orçamental de Daviz seja chumbado de forma recorrente e ele veja se obrigado a dissolver a assembleia convocando novas eleições o resultado é que Daviz Simango acabará vencendo as eleições com uma maioria absoluta para o grupo que suportar a sua candidatura e as forças políticas terão dado mil passos atrás, pois não há duvida que Daviz Simango foi votado pelos Beirenses independentemente da sua filiacao partidaria, e os mesmos farão de tudo para ver o edil dos seus desejos a dirigir o município da cidade da Beira.

Com relação as forças políticas é pouco provável que por forma recorrente chumbem o orçamento de Daviz ou inviabilizem a sua governação até ao ponto do Edil decidir-se por dissolver a assembleia, não só porque isso significaria um retrocesso individual e colectivo quer dos deputados da assembleia municipal quer dos seus partidos visto que o povo atento da Beira os daria um cartão bastante vermelho em outros pleitos eleitorais para o município da Beira mais ainda assim podemos seguidamente avançar algumas razões de carácter particular para cada partido que os forçaria a não tomar tais posicionamentos.

A Frelimo é um partido que se considera sério e maduro e tem estado a desenvolver acções para manter esta imagem sendo por este facto que o partido Frelimo difunde que a Renamo é um partido sem espírito patriótico e que não esta preocupada com o desenvolvimento nacional pois na Assembleia da República de forma recorrente tem estado a votar contra toda e qualquer proposta apresentada pelo partido maioritário, pelo que nao haveria de se auto-contrariar ou imitar aos imaturos da Renamo nas suas posicoes no municipio da Beira.

A partir deste ponto de vista é importante sublinhar que a seriedade da Frelimo estará em teste, em teste no município da Beira onde claramente a legitimidade de Daviz está em alta e aumentará a cada vez que lhe for feito “vida negra” no cumprimento do seu mandato. É verdade que alguns possam dizer que a Frelimo chumbou completamente o relatório de contas do presente mandato de Daviz, sim é verdade e continuará a apontar outras contrariedades na governação de Daviz mas de forma responsável, sem deixar de fazer política, e pessoalmente gostaria de ver a Frelimo esgrimir todo o seu talento que e inegavel para de forma justa e suada tomar a Beira.

Mas tenho algumas ou se não completas reservas para acreditar que o partido Frelimo paute por uma conduta reiteradamente contra a sua postura e atentadora duma convivencia democratica pois levaria a que o partido perdesse a confiança em si depositada pelo povo da Beira para ser o grande fiscalizador da execução das promessas do Edil da Beira. A Frelimo devera sim lutar para conquistar a Beira, mas para conquistar os Beirenses deve e é isso que vai seguramente fazer, devera controlar rigorosamente a governação de Daviz apontando os erros do Daviz em vez de não deixar que Daviz governe pois uma posição de inviabilização recorrente aos projectos de Daviz iria entrar contra a sua postura de partido maduro e sério o que teria reflexos negativos para esta forca politica ao nivel nacional.

Agora com relação a Renamo importa começar por informar que Daviz Simango apesar de ter sido proposta a sua candidatura pelo Grupo da Democracia da Beira, na sua campanha sempre convidou os eleitores a votarem na Renamo. É verdade que a direcção central da Renamo está em ruptura com Daviz com anuência de uma pequena parte dos líderes da Renamo na Beira, mas é importante destacar que a grande falange dos membros da Renamo votaram massivamente em Daviz Simango o que quer dizer que a Renamo da Beira ou a Renamo na Beira não está em ruptura com Daviz o que poderá acontecer é eleições de novos órgãos de partido ao nível da Beira e serão afastados da liderança (o grupo Mbararano) aquela pequena Renamo que não alinha com a Renamo da Beira, e com agravante de que mesmo que isso não aconteça a curtíssimo prazo, os deputados da Renamo a serem escolhidos para assembleia alguns acabaram votando de acordo com as suas convicções (pró Daviz) e não em estrito respeito as disciplinas partidárias.

Mais importante na análise ao partido Renamo é que a vitória de Daviz o relança numa provável liderança do partido num futuro breve e isto terá certamente efeitos na forma como os membros deste partido terão que se relacionar com o edil da Beira, quer os de nível central, quer os de nível provincial, pelo que o mais provável não é a Renamo chumbar o orçamento de Daviz, mas sim tentar uma aproximação e reconciliação com Daviz Simango.

Bem, de forma geral penso que com as hipóteses esgrimidas neste texto não deitam por terra os argumentos de que Daviz Simango terá uma governação difícil, pois terá, mas tentam mostrar que os partidos políticos com maioria dos assentos na assembleia municipal da cidade da Beira tem mais a perder se “inviabilizarem” por inviabilizar, isto é, tem mais a perder se não deixarem Daviz Simango governar, pois como alguém disse Daviz Simango é “populoso e populista” e como eu digo o eleitorado da Beira é bastante atento, por essas razões vaticino um mandato democrático, difícil, mas possível, para o município da cidade da Beira.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

19 de NOVEMBRO de 2008 . Eleições em 43 Autarquias de Moçambique

UMA ANÁLISE AS ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS EM MOÇAMBIQUE

Decorreram, no dia 19 de Novembro, no território Moçambicano, as terceiras eleições autárquicas, em 43 círculos eleitorais, em que se vão eleger os membros das assembleias municipais e os presidentes das assembleias municipais. Foi um acto que demonstrou a consolidação da consciência democrática do povo moçambicano, o que consequentemente, vai reforçar no "concerto" das nações a imagem de que Moçambique é um país com uma estabilidade política e a perseguir a tradição democrática.

Permitam-me aproveitar para referenciar que foi com alguma tristeza da minha parte que não registei no acto da campanha eleitoral os partidos políticos a excomungarem das suas fileiras ou a repudiarem os seus seguidores que tenham se envolvido em acções pouco abonatórias e que manchem o espírito de equilíbrio democrático e de livre participação política, mas acredito que poderá ter sido feito ao nível interno, mas dá um outro poder didáctico e demonstra maturidade quando estes posicionamentos cometidos em público, as suas medidas também sejam públicas, mas acredito sinceramente, que chegaremos lá.

Apesar de nas primeiras horas, as mesas de voto, terem registado alguma afluência massiva de munícipes, também é verdade que o nível de abstenção foi bastante alto e preocupante rondando numa estimativa preliminar dos 58%, ainda que se tenha registado um crescimento do nível de adesão com relação as últimas eleições. É imperioso que a sociedade encontre respostas para tão elevado número de abstenções, mas deve ser preocupação principal para a CNE/ STAE e os partidos políticos encontrarem essas respostas, para um facto que seguidamente avançamos algumas respostas.

Poderá ter sido um dos factores de grande abstenção o fraco trabalho de educação cívica realizado pelas instituições que organizam o processo eleitoral, lembrando que pouco se viu ou até mesmo não se viu a CNE juntarem grandes aglomerados populacionais explicando sobre a necessidade do processo sobretudo nas regiões peri-urbanas e zonas rurais, acompanhado de escolhas de candidatos que pouco e de forma nenhuma criavam confiança ao cidadão comum, ao mesmo tempo que víamos fracos programas eleitorais, ou projectos eleitorais que pudessem convidar aos indecisos, e apolíticos, aderirem ao processo.

Se no acto de recenseamento eleitoral, vimos computadores a fazerem o registo de eleitores, era imperioso ou melhor justificava-se que ao menos por cada assembleia de voto fosse instalado um computador com os dados completos dos membros da respectiva assembleia, por forma a permitir que todos quanto, tenham perdido o seu cartão, facilmente possam encontrar os seus dados, e assim efectuarem o seu direito cívico. Outro aspecto, no qual devemos melhorar é sem dúvida nos meios que estão a disposição quer os meios materiais e humanos, nos materiais me refiro a cadernos eleitorais com indicação alfabética, mais mesas de voto para diminuir enchentes e evitar desistências, e no que tange aos meios humanos, fazer uma triagem antecipada do pessoal e formá-los por forma a garantir que se tenham pessoas que estejam realmente preparadas por forma a atenderem de forma eficaz e eficiente a demanda dos munícipes.

As detenções de alguns candidatos nas vésperas da campanha, e sua libertação sem que se tenham permitido que fizessem uma campanha plena, são também algumas acções que retiram a competitividade do processo, isto é, a mensagem partidária não chega, os eleitores não aderem as urnas com a leitura de que o vencedor já se tenha encontrado.

Acredito que já é chegado a hora de alguns locais como, zonas agrícolas, mercados ou pontos de aglomeração de informais tenham mesas de voto, isto é, aproximar cada vez mais as mesas de voto a um grupo de pessoas que defendem com algum sentido que não podem perder um dia da sua actividade sob pena e risco, de colocarem o sustento da sua família em risco.

Estes são sem dúvidas alguns dos aspectos vividos neste processo que devem sem dúvida merecer alguma reflexão, e emendas quer por parte da sociedade, quer por parte dos partidos políticos ect. Ainda assim, existem alguns aspectos a volta deste processo que engrandecem em muito o nosso sentido democrático, e que expressam o crescimento de sentido de organização e de Estado.

Importa neste aspecto começar por clarificar que foi com alto sentido de Estado e grande sentido educativo que Sua .Excelência o Presidente da República fez as suas aparições neste processo, sabendo equilibrar entre as suas funções políticas e o as suas obrigações de Chefe de Estado, penso que é algo que deve ser registado e congratulado.

Neste diapasão seguem-se o trabalho isento desenvolvido pelo Conselho Constitucional que soube usar quiçá da equidade para resgatar a justeza no processo eleitoral, e o órgãos eleitorais que atempadamente colocaram os meios nos devidos locais e melhoraram consideravelmente o seu nível de organização.

Não podemos nos esquecer que neste processo a comunidade internacional não terá dado o seu GRANDE apoio, mas mesmo assim o Estado Moçambicano, soube fazer esforços para tornar possível o processo e de forma assinalável, e também o facto de grande parte dos observadores eleitorais serem nacionais, começamos desta forma a ser “donos” dos nossos processos eleitorais e principalmente começa a se iniciar um novo paradigma no relacionamento com a comunidade externa, isto é, passam a perder peso quanto a validação dos nossos pleitos eleitorais e também demonstramos que somos capazes de forma autónoma de “fazer coisas”.

Estas eleições tiveram a Beira como o centro das atenções, tiveram a Beira como o ponto mais alto da demonstração do nosso sentido de competitividade democrática, pelo que, quero antecipadamente alertar que a Beira pode ser contrariamente ao que muitos pensam, o ponto de inicio da decadência das forças políticas pré-estabilicidas no nosso cenário político, principalmente se tiverem um papel recorrente de “inviabilizarem” na essência etimológica da palavra a governação do Edil da Beira.

Feitas estas análises resta-me congratular a comunicação social, as forças políticas, aos grupos e movimentos de cidadãos, aos órgãos de organização eleitoral, aos cidadãos que exerceram o seu direito de voto, mas principalmente a todos os candidatos quer representados por forças políticas, quer de forma independente, pois estes quanto mencionei, tornam cada vez mais possível a construção e consolidação do ESTADO DEMOCRÁTICO MOÇAMBICANO.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

QUE LEITURA AO PRIMEIRO DISCURSO DO PRESIDENTE DOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA – BARACK HUSSEIN OBAMA

O PRIMEIRO DISCURSO DO PRESIDENTE BARACK OBAMA


Como já tinha teorizado e analisado no passado mês de Junho, Obama candidato democrata venceu o seu último adversário o Senador John McCain e tornou-se no mais recente Presidente dos Estados Unidos da América apesar de que a sua tomada de posse será em Janeiro de 2009, e fez no dia 05 de Novembro de 2008, em Chicago o seu primeiro discurso, após ter sido reconhecida a sua vitória nas Eleições para Presidente dos Estados Unidos da América.

Estive desde a primeira hora de votação a acompanhar o desenrolar dos factos, as leituras dos resultados feitas pelas maiores cadeias de análise dos EUA que me chegavam através da CNN, pelo que, apesar dos números finais é importante reconhecer que a “teimosia” de McCain verificou-se nas urnas, não foi de todo fácil para Obama, lembro-me que os primeiros resultados na primeira percentagem davam algum avanço do McCain que acabaram tendo alguns avanços e retrocessos que culminaram com a inequívoca vitória de Barack Hussein Obama.

Por ter acompanhado o desenrolar dos factos tive também a oportunidade de ver as falanges de apoiantes de Obama a entrarem em Chicago no local onde Obama fez o seu primeiro discurso. Era um local de alegria, um local concentrado maioritariamente por jovens, com presença de adultos, onde se faziam presentes velhos, mulheres, crianças, negros, imigrantes, enfim, o povo norte-americano estava ali para ouvir o primeiro discurso do Presidente dos Estados Unidos da América.

A entrada de Obama deixou fascinada aquela multidão, e certamente a muitos cidadãos para quem Obama se dirigiu por via da Rádio, dos ecrãs da TV, pela Internet, e por a’i fora. No seu discurso Obama, disse que estava a falar para os Americanos, (Hispânicos, Afro-Americanos, Imigrantes, ect, ect), sem distinção de qualquer índole, tendo dito que os resultados da eleição constituem uma resposta aos que já não acreditavam nos princípios dos fundadores dos EUA, é uma resposta para aqueles que acreditam que o principio mais nobre do povo Americano é a Democracia e não a força das armas ou da sua economia.

Obama, parabenizou ao povo Americano por ter sido paciente em esperar longas horas para exercer o direito de voto, e usou mesmo o exemplo de uma cidadã de mais 106 anos que apesar da sua idade votou, lembrou essa cidadã q viveu os períodos de opressão, e o fez para que os filhos dos netos dos seus netos não tivessem a mesma sorte dos tempos passados, ou seja, para que o futuro fosse mais risonho para América.

O primeiro discurso de Obama, após saber da sua vitória Eleitoral, apesar de ter o mesmo brio na oratória, ser profundo e apaixonante, não foi similar aos discursos de campanha, Obama começou a preparar o povo para dias difíceis, ou melhor dias de incompreensão, aquilo a que chamo de dias de Governação, que serão claramente dias diferentes, com acções e discursos um pouco fugidos das declarações de campanha, tendo sobre este aspecto, solicitado uma antecipada compreensão por parte de todos, pois segundo ele apesar de continuar a ser Obama, “eu serei também o vosso Presidente” e penso que este foi um dos momentos sob ponto de vista de liderança de grande importância.

A característica profunda de Obama e de homem digno não ficou esquecida nesta sua primeira intervenção como “Presidente dos Estados Unidos da América” tendo justificado as suas qualidades com a forma elegante como tratou o seu adversário (John McCain) dizendo que o congratula pela forma como transmitiu ao longo de todo os anos, inclusive nesta campanha, o seu amor para com a causa Americana e é uma das pessoas com quem certamente vai querer colaborar para restaurar o sonho Americano.


YES WE CAN.

“Sim nós podemos”.
No seu discurso Obama vezes sem conta atingiu de forma profunda aos milhares de apoiantes, enunciando uma série de desafios que América tem pela frente mas que serão alcançados, com a colaboração de todos, tendo mostrado quando abordou a sua mensagem para o exterior de que pretende ser um Presidente amigo da paz, mas que não exitará em perseguir e derrotar aqueles que pretenderem levar o mundo ao caos ou o caos ao mundo.

O novo Presidente dos Estados Unidos na sua hora de discursar não esqueceu de fazer menção a sua equipe de trabalho, o seu Vice Presidente Joe Biden, a sua esposa, filhos, familiares, os directores de campanha, estrategas eleitorais, os apoiantes, as figuras, enfim recordou que o seu triunfo era uma obra de equipe e que essa era a marca de mudança que pretende trazer.

De facto Obama é o primeiro Presidente negro dos EUA assim se viu na foto de família, na passagem dos familiares na hora de saudação de agradecimento aos apoiantes, mas eu prefiro lembrar a todos que Obama é muito mais do que isso, é o Presidente dos Estados Unidos da América, e na madrugada de hoje, no seu discurso, começou a afastar-se do candidato de forma não muito abrupta, mas demonstrou o que já tínhamos avançado, existe uma grande diferença entre os discursos de campanha e os discursos do Presidente de qualquer Estado, ademais, um Estado com responsabilidades mundiais como é o caso dos Estados Unidos da América.

Felizmente, as Cartas de congratulação pela vitória de Obama chegadas desde a Venezuela, Israel, Palestina, União Europeia, Quénia, Japão, Cuba, e demais países mostram que o mundo está em torno de Obama, um factor que pode ser determinante para que Obama opere o tão apregoado CHANGE in USA que terá impactos pelo mundo inteiro. “ENFIM, OBAMA NO SEU DISCURSO NÃO DEIXOU DE SER PROFUNDO MAS DEIXOU AS PRIMEIRAS MARCAS DO REALISMO DE QUALQUER PRESIDENTE NORTE-AMERICANO”