THE NEXT US PRESIDENT BARACK OBAMA?!“Tenha sempre medo ao negociar mas nunca tenha medo de negociar”
J.F.Kennedy citado por Barack ObamaApesar de vivermos numa Ordem Mundial, cada vez mais multipolar, onde encontramos para diversos assuntos Estados mais determinantes que outros, como por exemplo, na tecnologia, na agricultura, no Turismo, no Desporto, na Defesa, enfim, em cada assunto quase que há um Estado mais promissor, isto é, encontramos uma espécie de potencia do sector. Mesmo com esta multiporalidade em que se vive na ordem vigente, os Estados Unidos da América, continuam sendo um Estado com grande capacidade de influência sobre assuntos internacionais, continuam sendo um Estado com um papel central nos assuntos mais candentes a nível global, podemos citar, os casos de Iraque, Médio Oriente, Afeganistão, Protocolo de Kyoto, Direitos Humanos, Ajuda ao Desenvolvimento, etc.
Reafirmada a dimensão que os EUA tem para o mundo, factor que se pôde também constatar com os visíveis efeitos da sua crise imobiliária, atendendo a forma como se repercutiu pelo mundo colocando em risco o sistema financeiro global, queremos convidar ao estimado leitor, para a grande questão que aqui queremos abordar, as Eleições nos Estados Unidos da América, em que acabaram tendo como candidatos em função das eleições nos dois partidos com grande expressão, Barack Hussein Obama pelos Democratas e Jhon Mcain pelos Republicanos.
Estas eleições, que se vão realizar numa altura em que o mundo vive uma crise alimentar, vive uma inconstância no preço do petróleo, assiste uma crise financeira global, crescimento global do nível de desemprego, factores que vão gerando instabilidade em diversos Estados, sobretudo nos países mais desenvolvidos e que acaba tendo sempre consequências nefastas sobre os menos desenvolvidos como é o caso de Moçambique.
É também pelas razões acima descritas, que as eleições de 4 de Novembro nos Estados unidos estão a despertar uma atenção espectacular e invulgar junto dos americanos e do mundo em geral, pois elas são vistas como parte da solução para estes problemas que afectam o mundo. Analistas existem que destas eleições dependendo de quem for o vencedor do escrutínio podem-se agravar os desequelibrios e instabilidade global, o desrespeito pelas normas ambientais e acelarar o colapso do sistema financeiro global.
Direccionando a análise sobre os elementos que mediatizam estas eleições não podemos deixar de fazer menção para o facto de uma mulher a Senadora Hillary Clinton ter se batido com galhardia na luta pela nomeação Democrata, como também pelo facto de Jhon Mcain apesar de não ter sido o Candidato favorito ter ganho os seus adversários ainda na primeira volta. Um elemento que não gosto de fazer menção, mas acredito que não pode ser ignorado é que Barack Obama pode ser o primeiro negro a dirigir os destinos do país mais mediático do mundo, o que não só mexeria com história da “Casa Branca” como também marcaria um novo rumo na história do país do lendário George Washington.
É um pouco complicado, dizer que vou falar de Obama, mas penso que posso apresentar hipóteses de trabalho sobre a quase que certa Presidência de Obama, isto baseado nas entrevistas, nos discursos, nos textos de/e sobre Barack.
Uma das grandes bases de análise para compreender Obama foi uma carta que de Obama respondendo ao João Craveirinha que tive a oportunidade de lêr, e posso dizer que apesar de não ter um cariz político serviu para que eu tivesse uma impressão do lado pessoal de Obama, e em análise Política, existe um nível de análise chamado analise do indivíduo, como ele e as suas características pessoais, podem influenciar na condução dos destinos do Estado o que serviu para eu perceber que Obama se preocupa com a impressão que as pessoas tem sobre ele e sabe ouvir e trocar impresses factores importantes para um líder tomar decisões, em suma, como individuo é assessoravel.
Mas como se sabe o grande trunfo de qualquer admnistração norte-americana é a forma como vai engedrar a Política Externa e através duma de suas entrevistas falando em Texas sobre a sua Política Externa, pode ser consultado www.ontheissues.org/2008_Dems_Texas.htm, não só fiquei com a impressão de que Obama pretende trazer um novo rumo para Política Externa norte-americana como também de que Obama estava a ser demasiado inovador para aquilo que é a realpolitic de United States.
Também é importante reconhecer que dos factores que tem estado ao seu favor destacam-se as lacunas da Admnistração Bush como é o caso ao nível externo, a intervenção no Iraque e o facto dos EUA ainda não terem capturuado Bin Laden, assim como ao nível interno, a recente falencia de bancos e consequente crise do sistema financeiro norte-americano que deixou na incerteza e penúria muitas das famílias norte-americanas de média e baixa renda.
Deixa me dizer que a primeira ilação que retiro de Obama é que é muito bom Politicamente, isto é, sabe aproveitar os seus pontos fortes, é muito astuto, e rápido ao agir, como pessoa é muito profundo, escolhe as palavras para dirigir a cada pessoa e em cada momento, as suas grandes virtudes são o saber reconhecer quando erra. Foi com essa astúcia que Obama escolheu para o cargo de Vice-Presidente Joe Biden que não só é um grande expert em Política Externa com vários e muitíssimos anos ligados ao sector mas principalmente, pelo facto de ter sido um dos maiores se não o maior seu atacante no seio do partido dos democratas, não sera um Yes Man, mas sim um verdadeiro colaborador, o que lhe torna mais forte ainda.
Agora, será que essas qualidades são suficientes para o que os Americanos e o mundo esperam do próximo Presidente dos Estados Unidos da América? Penso que apartir dai avaliação deve ser feita com base nas perspectivas que Obama pretende trazer para a Política Interna e o rumo da Política Externa da sua Admnistracao.
O facto de Obama apregoar que pretende operar “mudanças” pode ser visto como um discurso político, de propaganda, eleitoralista, o que pode ser um elemento contra as suas aspirações, visto que CHANGE é uma palavra muito forte para as classes já muito estabilizadas, as grandes Companhias monopolísticas, os grandes barrões, ect, apesar de CHANGE ser ao mesmo um sinal de esperança para a grande maioria de famílias de baixa renda, negros, mexicanos, imigrantes, e outros grupos sociais, que vêem nisto uma oportunidade de mais apoios aos carenciados, basicamente de redução das desigualdades sociais, e principalmente de uma Americana cada vez mais unida e segura.
Penso que o facto de Obama fazer do seu grande trunfo a Política Externa, definindo Políticas que harmonizam as expectativas do mundo para com os EUA onde defende o fim da presença Americana no Iraque, defende que vai aumentar ajuda ao desenvolvimento aos países em desenvolvimento, vai normalizar as relações com Cuba, está aberto a discutir com líderes de países adversários dos norte americanos (Venezuala, Corea do Norte, Irão, Siría) vê na China um competidor e não inimigo, a Europa um parceiro, são aspectos que claramente marcam uma roptura com o passado, abre novas perspectivas de uma América mais próxima dos problemas globais e menos agressora do mundo, uma espécie de um Realismo Defensivo.
Obama, não se vê como homem dotrinário, isto é, diz que não vai existir uma Doutrina Obama, mas é certo que o que Obama pretende trazer como Políticas é um desafio para sí, e para os Americanos porque vai lhes obrigar a terem uma outra postura para com o mundo algo que os Americanos não sabem o que é e aqui espero sinceramente que as outras raízes Africanas de Obama apareçam para ajudar os Americanos a saberem ser parceiros, influenciarem o mundo como o “desejam” mas através de políticas de aproximação e não de retaliação.
A um facto que poderá surpreender a Barack Obama. É que as dinâmicas globais, e orgulho norte-americano, são dois assuntos que não podem ser vistos simplesmente numa perspectiva de Campanha Eleitoral, são muito mais profundas do que isso. Hoje, Obama converge em sí apoios até de figuras influents no partido Republicano como é o caso do Secretário do Estado Powell esta grande expectative em torno da sua pessoa pode ser também um factor contra sí pois os Americanos pretenderão ver urgentemente as mudanças, os resultados, e se as dinâmicas globais continuarem negativas, Obama poderá ver a sua popularidade baixar muito para além do que imagina contribuindo para nunca conseguir aglutinar os Americanos para o Change tanto desejado.
Certamente, quem estiver a ler o texto sentirá uma dose de dúvida com relação ao futuro Presidente. Concerteza, é própria duma análise sobre algo difícil de teorizar porque da Campanha a liderança existe uma enorme, mas enorme distância, isto é, o que no discurso é fazível, na realidade pode não ser implementável, sobretudo nos EUA onde a Realismo sempre prevaleceu e numa altura em que as dinâmicas da economia global surpreendem a tudo e todos.
Quando analiso as dinâmicas mundiais faço sempre o exercício de vêr em que medida elas podem trazer de benefício para África e Moçambique em particular. Neste contexto, acredito que após Obama estabilizar as dinâmicas internas, com apoio dos Americanos, conseguir reduzir os impostos das famílias de media renda, garantir os imóveis do povo Americano, até isso acontecer, África e Moçambique em particular terá perdido grande parte da atenção da Admnistração Obama que tem muito por restruturar internamente.
Superadas as dinâmicas internas, penso que o que Obama pode de melhor oferecer a Africa não é simplesmente aumentar o volume da ajuda externa, é ver África como um parceiro, incentivar investidores norte-americanos a implantarem grandes projectos em Africa, a deslocalizarem capitais, tecnologias e Know How para erguer África e tronar um centro de comércio global, pois África tem recursos para ser uma referência no sistema financeiro global.
Se admnistração Obama resolver grandes dinâmicas globais, como são os casos da estabilização das relações dos EUA com o Irão, Venezuela, Iraque, vai certamente contribuir para baixar e equilibrar o preço do petróleo, e aumentar a esperança para os países menos desenvolvidos, em suma de forma indirecta vai criar um mundo mais pacífico e de forma indirecta vai ajudar e muito África pois havera menos fluxo de capitais para efeitos militaristas aumentando as oportunidades de apoio ao desenvolvimento e de promoção de novos investimentos.
Estou convicto que o sucesso da Admnistração Obama depende dos Americanos e para isso é importante reconhecer que há pessoas que tem um grande papel para possível boa governação de Obama falo por exemplo de Hillary, Bill Clinton, Al-Gore, Edwards, Rice, Powell e muitos outros influentes, que sem precisar de estar na Administração Obama, terão que ir dando o seu suporte quer ao povo, quer ao Presidente, pois pretende ser operada uma mudança para a qual os Americanos não estão nem habituados e nem preparados.
De uma coisa deve ficar claro, Obama tem tudo para ser o próximo Presidente dos EUA e relançar a imagem dos EUA pelo mundo, apesar de também ser muito claro que o realismo d’Obama próprio dos grandes líderes Americanos poderá o fazer mudar radicalmente surpreendendo a muitos, menos a aqueles que sabem que as Relações Internacionais são dinâmicas, e que existem muitas sinuosidades nas relações e nos interesses norte-americanos pelo mundo fora, mas estaremos aqui para testemunhar
the CHANGE in United States.
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