Ainda neste primeiro trimestre de 2012, os munícipes de Inhambane poderão ter a oportunidade de escolher o sucessor de Lourenço Macul, que perdeu a vida recentemente, após ter conduzido os destinos da urbe a partir de 2003, altura em que sucedeu Vitorino Macuvel na condução dos destinos daquela urbe.
O facto de num passado recente, em três municípios (Cuamba, Pemba, Quelimane), terem se registado eleições autárquicas, as quais produziram uma alteração significativa na compaginação política nacional, atendendo e considerando que os três municípios estavam governados pela Frelimo que, no final, viu-se derrotada por Manuel de Araújo do MDM em Quelimane.
Portanto, temos aqui a oportunidade de analisar como a FRELIMO pretende reerguer-se depois de uma estrondosa derrota que foi internamente provocada, quer pela destituição do seu edil, mais ainda pela escolha de um candidato sem capital político para desafiar o jovem Manuel de Araújo, o que certamente a FRELIMO não pretenderá ver repetido em Inhambane.
É facto que o MDM passará a contar na sua gestão com dois municípios, o último dos quais conquistado após uma intensa e incansável “batalha” que transformou Quelimane na capital política nacional durante um mês.
O MDM para além de vir para esta corrida eleitoral com o moral em cima, tem em Inhambane a oportunidade de se enraizar no Sul do país e desconstruir a ideia de se tratar de um partido ou movimento localizado (Beira) ou apenas com apoiantes no Centro do país, embora teoricamente possa ter, em Inhambane, a dificuldade de encontrar um candidato com capital político expressivo e com vontade para se rebelar e conquistar o tradicional eleitorado “manhambana”.
Porque os outros partidos extraparlamentares não nos parecem politicamente existentes, resta-nos à luz deste texto ver a RENAMO que com a sua decisão de não concorrer empresta clareza e justificação para aquele segmento que ainda tinha resquícios de dúvida no facto de que a RENAMO estar hibernada e a perder espaço como segunda força política nacional.
Outras conexões que o texto vai estudar são as características do eleitorado e os desafios do município de Inhambane. E para melhor valorizar a abordagem política que será aqui desenvolvida importa descrever resumidamente o município de Inhambane com uma área de 192 km² , aproximadamente 77 mil habitantes e 24 bairros. `
Este Município, tem nos problemas ambientais um dos seus enormes desafios pontificados no fenómeno de erosão que assola a marginal da cidade, praia de Tofo até a Barra entre conflitos de terra em Tofo, Tofinho e Barra, estradas por reabilitar e um fraco entrosamento entre as instituições públicas, sobretudo no sector de Turismo que está quase que sub-aproveitado em termos de arrecadação de receitas.
Tendo como base o Plano Estratégico do Município (2009-2013) que define como áreas centrais de intervenção a urbanização, recolha e tratamento de lixo, abastecimento de água potável e de energia eléctrica, educação, mercados e meio ambiente, aliado aos desafios acima citados podemos de forma objectiva imaginar que tipo de município é Inhambane.
O novo edil deve estar preparado para operar num cenário em que os valores cobrados localmente ainda representam 40% dos fundos necessários para a realização das várias actividades programadas pelo município, sendo a restante percentagem coberta por fundos proveniente do Orçamento Geral do Estado e do Fundo de Compensação Autárquica e de Investimento.
Ora, é neste quadro que os partidos vão às eleições numa região em que os munícipes são quase que homogéneos na sua visão política e avaliação do processo de governação mas que não deixam de estar a viver num ambiente em que o desgaste da vida corrente acaba por trazer e obrigar a outro tipo de reflexões.
Importa por isso, sublinhar que Inhambane hoje é habitada em grande parte por indivíduos oriundos de outras partes do país e do mundo que se estabeleceram para desenvolver actividades profissionais, académicas e de lazer o que acaba por criar outro tipo de hábitos e de exigências que a curto e médio prazo poderão reflectir-se no perfil político que os cidadãos e residentes de Inhambane vão exigir para os seus dirigentes.
Foi com base em parte dos argumentos acima expostos, que ao ler as declarações do porta-voz da Frelimo (Edson Macuácua) manifestando a necessidade de a Frelimo vencer em Inhambane para manter o seu espírito vitorioso e por reconhecer a sua capacidade
auto-superadora,essas declarações produziram uma sensação de que este partido pouco ou nada aprendeu das razões que ditaram a derrota em Quelimane;mais ainda:atravessou com isso a ideia de que o tão esperado décimo Congresso não vai produzir grandes transformações na visão e estratégia política, nem mesmo conseguirá captar as principais lamúrias do povo moçambicano.
Em outros textos tive a oportunidade de alertar, e continuo aqui dizendo, a consciência colectiva do povo moçambicano está a consolidar-se, com o advento das
novas tecnologias de comunicação e informação e sobretudo o aumento do nível de escolaridade, estão a permitir que o povo seja cada vez mais vigilante e consequentemente mais exigente com o cumprimento dos projectos e planos de governação.Ou seja, o povo já não está apenas interessado em ser dirigido e nem mesmo está interessado em participar na preservação e manutenção do ego ganhador de quem quer que seja.
Os resultados crescentes das eleições indicam-nos que estão a ser avaliados o programa de governação apresentado; o perfil e curriculum do candidato e o historial de governação do partido que suporta a candidatura, pelo que, descurar um desses três elementos numa corrida eleitoral é um bom pressuposto para uma derrota.
Se no caso das eleições intercalares em Inhambane poderem ter lugar devido à morte do edil que era proveniente das hostes Frelimistas, podemos dizer que a FRELIMO vai com um passo de vantagem, tendo com base numa análise sócio-antropológica podemos afirmar que o povo estará a render a última homenagem a Macul um homem muito acarinhado pelos munícipes de Inhambane, daí que, é preciso saber escolher alguém que o substitua que possa dar conta dos inúmeros desafios que existem e,sublinhe-se são bastantes, num município que depende em cerca de 60% de receitas extramunicipais.
É preciso lembrar que com o novo candidato, e caso as suas acções não sejam visíveis o povo não será tolerante e dois anos pode ser tempo suficiente para que a oposição alargue o seu raio de influência e esteja em posição de tomar o poder em 2013, ou eleger uma boa franja de deputados municipais, e para evitar desembaraço, a FRELIMO não só deveria encontrar um candidato que esteja próximo da juventude que é o segmento que há muito clama por mudanças e que sente a revolta de não se ver como elemento parte da governação, e sem dúvida realizar um trabalho vistoso para justi-ficar a sua continuidade em 2013.
Se tivermos que olhar para o papel da oposição em Inhambane talvez seja mais fácil lembrar um movimento independente que já desafiouMacul numa recente corrida eleito-ral, porque da acção dos partidos políticos como RENAMO e mais recentemente MDM pouco ou nada se encontra em termos de actuação política. Com base neste argumento, não vejo grandes hipóteses de sucesso por parte da oposição neste acto eleitoral que se avizinha.
Nesta linha de análise parece-me consensual que a RENAMO, devidamente encabeçada por Dhlakama embora ainda não tenha resignado mesmo estando visivelmente fatigado da actividade política activa, pretendendo apenas viver condigna e faustosamente pelo facto de ter contribuído para o calar das armas e consequente estabilidade política nacional, sendo esta a principal razão para que este partido seja um elemento a não ter em conta no jogo político.
Nesse aspecto, permitam em poucas linhas neste texto, congratular Dhlakama por tudo quanto fez e tem feito para a manutenção da paz e dizer que sim, senhor Presidente eu apoio a sua luta por uma vida condigna e sossegada até que Deus lhe leve, sem que lhe obriguem a tecer os seus cíclicos “discursos negociadores” de que V. Exa. também está farto de repetir, por tudo isso, vão a si as minhas vénias e votos de sucesso na busca dos seus objectivos.
Como partido a RENAMO há muito que eclipsou, vive na sombra de um homem que já não quer fazer política activa, como se pode ver a sua decisão de não participar no escrutínio de Inhambane é tanto um acto coerente na sua contínua auto-hibernação, para afirmar que não se tratará de perder eleições, porque nunca montou estrutura e nem estratégia para ganhar, trata-se sim de um acto acertadíssimo para valorizar a sua autodestruição, como uma força política que se esperava alternativa à governação do país.
Em contra partida o MDM mostrou-nos em Quelimane que uma escolha jovem e acertada que reúna consensos no eleitorado apartidário pode servir como um sério factor de desequilíbrio exactamente porque os jovens se querem ver representados na busca de soluções para resolução dos prolemas quem assolam o país, enquanto a Frelimo con-tinua a usar “as velhas e antigas tácticas” que acabam beneficiando sempre os mesmos.
Essa estratégia do MDM a ser acompanhada com exercício de acompanhamento sistemático da governação ainda que não obtenha resultados imediatos, poderá permitir-lhe criar fortes grupos de interesse e em 2013 afastar a FRELIMO do poder. Para que tal aconteça o MDM deverá conseguir em primeiro lugar atrair os eleitores fiéis à RENAMO e uma mescla de intelectuais e/ou apartidários que se mostram descontentes e excluídos do processo de governação.
Do ponto de vista de análise sobre os eleitores, não me parece que a vitória fuja à FRELIMO salvo se a escolha para candidato for bastante distante da vontade popular, isto é, se for escolhido alguém ainda que com historial político mas sem contacto social sustentável ou mesmo alguém que não conheça com profundidade as caracte-rísticas sócio-culturais dos citadinos de Inhambane.
Contudo, os desafios acima demonstrados não só vão fazer com que estes dois anos sejam de vigilância mas sobretudo vão servir para os munícipes verem obras que respondem as suas necessidades, vejam aceleradas as respostas as suas petições, o melhoramento do seu ambiente urbano, caso contrário não vão permitir que em 2013 o tiro lhes saia pela culatra.
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Há 1 ano
Parabens meu grande amigo,colega,conterraneo Noa Inacio por compartilhar connosco o seu espaco de reflexao.Em relacao ao assunto em analise sobre as Eleicoes Intercalares no Municipio de Inhambane (minha Terra Natal) tenho a dizer o seguinte: 1. Os Municipes de Inhambane sao racionais nas suas escolhas e dificilmente serao enganados por falsas promessas a semelhanca do centro e norte do pais;2.Os Municipes de Inhambane identificam-se com os candidatos e o Partido FRELIMO e reconhecem o grande trabalho e esforco feito pelo glorioso partido em prol da terra de boa gente;3.Quanto a RENAMO ainda sao visiveis na nossa terra os efeitos da sua maquina belica durante os 16 anos;4.Quanto aos MDM esse dito profeta tem pontificado com as sua mentiras,falsas promessas no Centro e Norte do pais(ainda nao mostrou trabalho) se nao boa retorica e manipulacao da opiniao publica;5. MDM nao tem identidade,identificacao com a nossa provincia, os seus fundadores identificam se com o Norte e Centro do pais.Como filho d Inhambane, estaremos sempre disposto pra defende la da mentira,calunia e falsas promessas e falsos profetas.ate mais.
ResponderEliminarDe:
ResponderEliminarSérgio Domingos Zitha
Viva ilustres camaradas e companheiros de trincheira.
Mais uma vez, dou mão a santa-luzia a capacidade discursiva e escrita eloquente de muitos jovens que procuram posicionarem-se num mundo ideológico pelo pelos acontecimentos do dia, sendo que hoje o discurso do dia são as eleições intercalares em Inhambane.
Chamo-vos a consciência logo a prior que Sul é Sul meus compatriotas, tendo ainda existe a crença de um voto Culturalizado em algumas comunidades moçambicanas. Podem existir no sul país províncias ou cidades que pode-se questionar ou pensar-se numa possível derrota da Frelimo a exemplo da Província de Maputo, onde dia pois dia os munícipes daquela Urbe tem mostrado o seu desagrado até por via de Conexões do Gil e não Inhambane.
Quero ainda acreditar que Inhambane por ser terra de Boa Gente e civilizada acima de tudo, não estará disponível em ver um indivíduo que usa a mesma camisa durante os dias de campanha, porque também afugentaria os turistas, a não ser que nos tenhamos esquecidos do capital turístico que Inhambane detém.
Quanto ao outro partido é de esquecer porque este virou o nosso dia 1 de Abril “Dia da Mentira – Renamo”, apelo para que não se fale mais deste abutre partido., que tem vivido e alimentar-se com base no senso comum “conhecimento popularista”.
Algo estranho observo na locução do Noa Inacio, uma tendência de popularizar os problemas de Inhambane com vista a dar um abonatório de vantagem para o candidato opositor da Frelimo.
Não obstante, ‘e preciso em parte reconhecer uma prudência na nossa entrada e posicionamento perante aos leitores, o culturalizado pode com sucessivass traições (derrotas) emborcar aculturação não desejada.
Contudo esta clara que a Frelimo leva uma larga vantagem esmagadora depois do bom trabalho feito pelo antigo edil de Inhambane, e como homenagem a esse grande camarada iremos votar na Frelimo e candidato da Frelimo. O que vai interessar a Frelimo e todos os outros partidos é a vitoria o resto vira depois.
Noa Inacio, parabéns pelo teu artigo. É bastante elucidativo quanto a situação vivida na cidade de Inhambane e quanto aos problemas que apoquentam os partidos políticos bem como as perspectivas de uma alternância ou manutenção do poder nessa autarquia. Penso que comparar Quelimane a Inhambane remete-nos a algumas cautelas. A base eleitoral do MDM (conforme os resultados presidências de 2009) eram de 15% enquanto a base eleitoral do MDM na Cidade de Inhambane foi de 1%. Em Quelimane o perfil do candidato do MDM e o caos e a penúria vivida na cidade assim como a renúncia forçada de um militante do partido no poder sem justificação plausível, dentre outras falhas na estratégia eleitoral da FRELIMO permitiram a alternância politica. O caso de Inhambane é muito diferente se considerarmos a inserção da oposição, o aspecto de cidade limpa e acolhedora como é conhecida esta cidade, o facto de o seu anterior Edil não ter sido forçado a renunciar e de ter sido uma pessoa muito respeitada pelos munícipes, incluindo a oposição. Eu próprio, nutria um grande respeito e consideração por ele. Portanto, a menos que o candidato da FRELIMO seja um “borra-botas” e o candidato do MDM seja uma estrela que cative uma simpatia extraordinária, não vislumbro grandes hipóteses de uma vitória nesse local. Hoje sinto-me mais a vontade de fazer as minhas análises de forma técnica e sem a emoção de militante partidário activo e penso que no final do processo não corro o risco de estar errado nos meus vaticínios. É preciso entender que se o candidato do MDM em Quelimane tivesse sido outro, provavelmente o resultado até fosse diferente, pois, o Manuel de Araújo mesmo como candidato independente tinha tudo para vencer estas eleições não obstante o factor da máquina partidária para controlar as eleições, no dia da votação, serem, por vezes, determinantes. O carisma e o trabalho que Manuel de Araújo vinha desenvolvendo nos últimos anos na Zambézia (criação da Fundação para o desenvolvimento da Zambézia, O jornal Diário da Zambézia, a ONG Ajude, o investimento na praia de Zalala, etc) criaram a volta dele uma imagem de alguém empreendedor e motivado para produzir mudanças. A mídia e a internet também foram catalisadoras desse movimento pela mudança. Sinceramente, não vejo nenhuma destas condições em Inhambane. Gostaria de estar errado, pois uma alternância em Inhambane, contribuiria para reduzir alguma arrogância que ainda caracteriza alguns quadrantes do partido no poder e contribuiria para a construção da democracia em Moçambique. Concluindo, creio mais que Inhambane venha a ser um filme que já vimos em Cuamba e Pemba. Lamento mas é o que penso e creio.
ResponderEliminarIsmael Mussa,
ResponderEliminarA politica nao eh tanto um jogo de futebol as vezes pode se parecer, para dizer que os dados que lancamos mostram-se bastantes congruentes a nao ser que Aboobucarizem a e escolha politica em Inhambane e apareca um independente FORTE que ate hoje nao vejo aparecer por isso aqui nao se discute vitoria em Abril de 2012. Neste texto discutimos profundamente para alem da preparacao do MDM para as eleicoes em 2013, o que vai a FRELIMO fazer como obra para se voltara a ganhar em 2013, e sobretudo ver-se a hora da geracao do gatilho continua ou os jovens terao a sua oportunidade porque caso contrario este sera o principio do fim. Sobre a sua intervencao tecnica, valorizo bastante, pois pessoalmente abdiquei das minhas crencas politicas e produzi este entre outros textos. E preciso saber nao misturar alhos com bugalhos, para dizer que mesmo os que tem cargos de direccao politica tem espaco para ideias pessoais, aprendamos das democracias mais consolidadas, acho que o debate ainda vai continuar.
Noa, gostaria tambem que aderisses ao meu site e fizesses constar o mesmo na tua lista de sites aqui no teu blog. O endereco e: www.ismaelmussa.blogspot.com
ResponderEliminarIlustres,
ResponderEliminarComo que lendo o futuro, este texto avisa o partidao que os jovens estao fartos e cansados das velhas tacticas que beneficiam sempre os mesmos, quer nas oportunidades de negocio ou mesmo na carreira profissional e porque nao em cargos publicos. Ora, agora o tom subiu de vez porque o MALEMA de ca esta agitado com as liderancas africanas no seu todo em jeito de mensagem ca para dentro, e para fazer coro Petersburg diz que este Governo tem o mentido sistematicamente, por favor, alguem do bureau politico me oica antes que o caldo se entorne, os jovens estao a precisar de atencao. "OVAS TECNICAS que beneficiem aos jovens"
Temos muitos cientistas politicos em moçambique! é muito bom porque assim construimos o almejado "Moçambique para todos" O que o MDM vai fazer em em Inhambane em concorrer nao passa de uma pesquisa para os proximos pleitos. É importante fazer parte desse exercicio pois permitirá fazer um estudo profundo daquilo que sao as tendencias do povo moçambicano vivendo em Inhambane. Os ingleses dizem " There is no better way of doing wrong things" este dizer so pode Pertencer a Frelimo pois bem que alguem disse no seu recente comentario que este é o principio de um novo ciclo da boa governacao em Moçambique embora ainda tenhamos incredulos nesta nova relidade!
ResponderEliminarBoas obesrvações
ResponderEliminarDr Noa, o falecido presidente Lourenço Macul dirigiu os destinos do município de Inhambane desde 2004 e não 1998. Em 1988, foi o também falecido presidente Vitorino Macuvel
ResponderEliminarCaro Noa, Espero que tenhas entrado bem o ano e te desjo muitos sucessos. O que tenho a dizer é que de 1994 para 2012 são 18 anos e a mentalidade de muitos de nós que votamos pela primeira vez acreditando num futuro melhor estamos frultrados com o governo e o sistema. Ja não temos a mesma crença na Frelimo como tinhamos antes. Muitos jovens buscam hoje espaço de participação e soluções para os problemas que enfrenta como o desemprego crescente e de habitação. Problemas que para o a Frelimo não estiveram na sua prioridade de governação, situação que nos leva a questionar porrquê continuar a apostar em pessoas que em nada benificio vontando nelas. Aqui levanta-se o jogo de interesses de eu do porquê não recebo nada? Por tanto, as velhas histórias de que a Renamo é um partido de bandidos e que a Frelimo é que construiu Moçambique ja não serve, hoje nos buscamos um partido capaz de trabalhar para construir um Moçambique melhor para todos os moçambicanos sem nenhum tipo de descriminação. A Luta é longa e as batalhas serão ainda muito dificeis, mas temos a certeza que triunfaremos um dia por nossa dignidade e liberdade como povo
ResponderEliminarSergio Zitha,
ResponderEliminarTenho uma particularidade quando escrevo, esqueco a minha camisola politica, a minha origem e o minha posicao profissional escrevo o que a conjectura me oferece aliado a minha visao tecnica sobre os assuntos para dizer que nao compreendi quando disse que e passo a citar "Algo estranho observo na locução do Noa Inacio, uma tendência de popularizar os problemas de Inhambane com vista a dar um abonatório de vantagem para o candidato opositor da Frelimo." Ora, se bem leu o texto deixo claro que nao existe nenhum candidato que pode se opor a FRELIMO em Inhambane na conjectura actual, salvo se o perfil do candidato a ser escolhido pela FRELIMO opor-se a si mesmo aos olhos dos municipes de Inhambane. Porem, adiantei que esse candidato que sair vitorioso tera uma nobre e honrosa tarefa de fazer com que a FRELIMO possa voltar a conquistar o poder em 2013. Os jovens mano estao atentos.
Questão: interessa ao MDM "atacar" as intercalares de Inhambane? O que ganharia o partido de Devis Simango? Os números pelos quais Macul foi eleito, conjugados com o facto de Inhambane não ter os problemas de Quelimane, desencorajariam qualquer candidatura. No entanto, a ideia do MDM testar a sua popularidade numa zona de forte influência da Frelimo é tentadora. Mas quais seriam os efeitos psicológicos de um derrota estrondosa, com contornos mais pornográficos do que aqueles com que Araújo e o MDM brindaram o partido dos camaradas em Quelimane? O que significaria isso para a crença popular, segundo a qual é preciso libertar o país dos libertadores? Depois do sucedido em Quelimane o MDM ganhou um aura de partido vitorioso, único capaz de derrotar a máquina da Frelimo, ainda que isso tenha acontecido também com a Renamo, mas esta como o Noa Inacio avança no seu texto parece não estar interessada na política activa. Ou seja, é-lhe mais rentável viver de acordo com os louros de progenitores da estabilidade política do país. Isso não dá trabalho e garante uma vida faustosa.
ResponderEliminarO MDM ganha mais tacteando os anseios da população de Inhambane hoje ou nas eleições que realmente vão contar para Governar por cinco anos? É mais fácil concorrer hoje ou depois? O MDM quer chegar as próximas eleições como um partido vitorioso ou com a aura da derrota? Será que vale a pena lutar por Inhambane ou é mais sensato reunir forças para atacar os municípios no qual a imagem da Frelimo está desgastada, pálida e opaca?
Acredito que o MDM vai pesar tudo isso para decidir se avança em Inhambane.
Rui Lamarques. Portanto, anónimo é só porque não domino a ferramenta de comentários.
Rui Lamarques,
ResponderEliminarLeantas excelentes questoes no teu texto, parcialmente respondidas no meu texto e em outros comentarios desenvolvidos por Ismael Mussa. Contudo:
1. Sim interessa ao MDM atacar Inhambane por varias razoes. a) Desmarcar-se da linha RENAMISTA de ausencia em pleitos eleitorais como linha para fazer crer ser um partido com identidade e perfil proprio, capaz de estar altura de amparar os eleitores mocambicanos,ou seja uma verdadeira alternativa governativa b) Interessa ao MDM crescer como forca politica madura, nao ha eleicoes que se perdem a partida mas sim temos sempre definir o que pretendemos ganhar em cada acto eleitoral, dai que me parece que se o MDM quiser enraizar-se em Inhambane como em qualquer parte do pais, este eh sim um bom espaco para iniciar a sua implantacao politica.
2. Olha a derrota do MDM so seria estrondosa e com contornos pornograficos se forem para as eleicoes com uma leitura errada do cenario politico, isto e, se nao definirem correctamente as suas forcas e as suas fraquezas, os seus objectivos, para dizer que devem saber o qu querem ganhar. Aliado a isto e preciso ficar claro que em Inhambane nem tudo eh um mar de rosas existem enormes desafios e dificuldades, a ser apresentado um programa ambicioso e exequivel buscando parceiros nacionais e internacionais sobretudo gente que gosta e se interessa por Inhambane com uma visao contraria mas positiva aos auspicios da cidade este partido pode a curto e medio prazo tirar proveito do desgaste politico do partido FRELIMO, e dentro de 5 ou dez anos se esse trabalho for continuado ai sim exprimir a sua maxima de libertar o pais dos libertadores mas para tal devera progressivamente ir aumentando o numero de deputados a eleger para a assembleia municipal.
3. A terceira pergunta consiste numa repeticao conjunta das duas primeiras. A FRELIMO governa o pais e o seu desgaste e sentido ao nivel das vilas, localidades, bairros e municipios. Para dizer que, se esse desgaste for aproveitado a nivel municipal o MDM ou outro partido ou movimento organizado pode tirar disso proveito. Outras explicacoes encontre nas duas respostas acima descritas.
Meus Caros,
ResponderEliminarNa continua analise do cenario das eleicoes de Inhambane e longe de estar encerrado, confirma-se cada vez mais o que escrevi. Desta vez, o MDM escollheu Professor Nhaca, para candidato a edil em Inhambane. As eleicoes parece que nao vao trazer novidades, caso os outros nao nos surpreendam.
Iniciou hoje a campanha eleitoral em Inhambane, os dados que lancei em Janeiro continuam actuais? Porque existira um vencedor a Inhambane?
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