terça-feira, 23 de junho de 2009

COMO PODEMOS SER INDEPENDENTES SE MOÇAMBIQUE AINDA NÃO É PARA TODOS

Desta vez decidi levantar a discussão de um aspecto que penso constituir a maior obra de orgulho nacional, que deve e deverá ser preservada e garantida por todas as gerações de Moçambicanos “a nossa independência”. Esta minha vontade em tocar um dos símbolos mais elevados da nossa Moçambicanidade resulta do facto de no próximo dia 25de Junho de 2009 a nação Moçambicana completar 34 anos após a proclamação da Independência Nacional pelo Presidente Samora Moisés Machel como etapa do sonho do Arquitecto da Unidade Nacional, Eduardo Chivambo Mondlane.

Antes de tecer qualquer comentário a respeito, permitam-me mais uma vez reconhecer e homenageiar a todas aqueles que deram suas vidas para que eu pudesse hoje estar aqui a falar de independência, filhos desta pátria amada que tombaram em busca daquilo que hoje, ainda não conseguimos inteiramente desfrutar a par de outros irmãos ainda vivos que continuam até hoje a dar de si para que o povo Moçambicano seja completamente independente, e a todos esses vai o meu, nosso, muito Khanimambo.

É preciso esclarecer que o título do texto não é inteiramente meu, fui citar de acesos debates políticos marcados neste país, em que se dava conta de que as grandes forças políticas tem discursado reiteradamente ao longo dos anos, em prol de um Moçambique para todos e visto pelo tom do debate, este é um slogan que claramente se enquadra nos dias de hoje, isto é, ainda se justifica lutar por um Moçambique para todos, um Moçambique cada vez mais inclusivo.

Bem, mesmo sendo verdade que estamos ainda a busca duma independência positiva numa dimensão em que a paz a harmonia e a concordia sejam apanagio de todos os cidadãos e que os nossos extensos recursos naturais sirvam para garantir a sustentabilidade e o bem-estar do povo assim como o nosso sistema de educação promova e lapide verdadeiros talentos e exalte as capacidades de forma a que possamos inovar, criar e desenvolver, sem deixar de esquecer a grande lacuna que temos que é a necessidade de um Estado em que se faça realmete justiça para todos e que a liberdade de escolha e de expressão estejam inteiramente salvaguardadas, ainda assim, não há e nem pode haver quem nega as grandes conquistas alcançadas ao longo dos tempos que vão claramente consolidando a nossa independência.

Mesmo acreditando ser desnecessário permitam-me sublinhar que o facto de este artigo estar a ser escrito, publicado, e consumido de várias formas (internet, jornais, livros, revistas, etc) representa uma das conquistas da nossa independência, as eleições que se avizinham em Outubro em que se vão escolher os filhos desta pátria, cidadãos Moçambicanos para dirigir a nação, a existência de instituições de formação a disposição de todos a nossa laicidade, os nossos símbolos, as nossas linguas, hábitos e costumes conhecidos e exaltados, constituem um conjunto de elementos que consubstanciam os esforços pelo qual tombaram filhos desta pátria em busca da tão almejada independência nacional.

É exactamente por essa razão que decidí juntar-me através deste artigo, aos grandes lutadores como Ngungunhane, Farlahi, Chissano, Alice Mabote entre outros, que nas suas gerações, na sua era, do seu modo, lutaram e tem lutado para que Moçambique seja para todos e de todos, lutaram para que fossemos independentes, por isso permitam-me reclamar a maior inclusão da juventude Moçambicana nos processos decisórios nacionais, permitam-me reclamar o acesso a créditos bancários, a habitação, a emprego, um tratamento mais condigno a esta geração que tem a missão de defender com garras esta conquista que é a nossa independência.

Não é possível ser se independente quando assistimos a discursos repetitivos e condicionados sobretudo daqueles que deveriam ser as maiores referências nacionais; não se é possível ser se independente quando aos media não lhes é permitido o questionamento exaustivo na busca da verdade pública; assim como não é possível ser se independente quando não existem forças políticas capazes de apresentarem propostas de governação alternativas e credíveis ao governo de dia e nem podemos vangloriarnos de ser independentes quando temos TODOS de ser políticos para ter acesso a emprego, quando o Know-How, a tecnica e habilidade não são priorizados para tomar cargos de chefia ou basicamente preencher uma simples vaga numa corporação pública, substituídos pelo nepotismo e amiguismo, que claramente atentam contra a nossa tão querida independência nacional.

A nossa diversidade cultural, a nossa riqueza turística, os nossos recursos naturais, ainda não estão a ser completamente colocados por forma a que o cidadão nacional possa melhorar significativamente o seu nível de vida, ao contrário, continuamos a ser líderes mundias nas estatísticas de pobreza, continuamos a não conseguir produzir para nos alimentar-mo-nos, continuamos a ter uma indice elevado de população iletrada assim certamente não estamos a desfrutar na plenitude a nossa independência.

Nos últimos tempos várias figuras de outrora, tem estado a aperecer a pedir que a juventude fale, intervenha, uma dessas figuras é o político que mais admiro em Moçambique pela sua verticalidade e coerência, Marcelino dos Santos, socialista Ontem e Hoje, e quero a essas figuras todas agradecer e dizer que eis a resposta mas precisamos que todos se empenhem em criar um Moçambique com espaço para jovens, adultos e velhos, para combatentes da libertação e combatente da luta armada, para políticos e apolítico, enfim um Moçambique para todos, e para sí em especial Kalungano, parabens pelo seu Oitagésimo Aniversário.

Para terminar queria lembrar as forças políticas que não tenho e nem posso ter memórias do bureau político da Frelimo, mas a história, os contos, os livros garantem que apesar de ter sido da era monopartidária foi o maior centro de discussão de ideias, de divergência e convergência de planos de governação jamais visto, por isso fico admirado em ver-vos numa era multipartidária a pautarem pelo seguidismo e repeticionismo barato e gratuíto que a nenhum local nos levará.

Este país teve a sorte de ter os Presidentes certos na hora certa a olhar pela conjunturas que se viveram, por isso quero aproveitar em nome da Independência Nacional, pedir ao próximo Presidente da República de Moçambique a saír das eleições de Outubro próximo que na próxima legislatura em vez de combatermos a pobreza, vamos sim promover a riqueza para combater a pobreza, assim estaremos mais próximos de alcançarmos a nossa independência total e completa.

5 comentários:

  1. Caro Noa

    Interessante a tua postagem amigo Noa. Entro no barulho para te saudar, mas também para não me acusares silenciosamente de “ignorar” as tuas ideias. Realmente a nossa independência deve continuar a ser consolidada tal como te referes no teu texto, mas é preciso que, tal como o nosso amigo Nero klashnikov tenta elucidar no seu blog, não continuemos com a visão limitada apenas entre os polos do engraxismo e dos apostolos da desgraça. É importante também, para consolidarmos a independência e a democracia, permitir que as pessoas digam o que pensam desde que não ofendam e desrespeitem outrem.
    É possível ser independente quando permitimos discursos repititivos, discursos críticos, discursos contraditórios, etc. Não é possível sermos independentes se quisermos que o discurso siga apenas um rumo pre-definido por qualquer que seja a tendência. Não é possivel ser-se independente quando os media são sensurados e quando os mesmos ultrapassam os limites da liberdade de imprensa. Não é possivel ser-se independente quando se criam condicionalismos sociais ou profissionais ou ainda académicos para ascenção a cargos políticos.
    Eu concordo contigo sobre os nossos recursos naturais e a nossa riqueza turistica, mas mais do que apontarmos o obvio, seria importante que debruçassemos sobre como melhorar o nosso nível de vida, como alocar eficientemente esses recursos potenciais fruto da independência. Também tenho que reconhecer e secundar a admiração que nutres por Marcelino dos Santos, uma figura incontornável da história de Moçambique nos últimos 40 anos. Espero que também venhas um dia a público fazer menção a jovens Moçambicanos da tua geração que admiras pelos seus feitos nesta luta por um Moçambique melhor.
    O último debate sobre juventude na STV, um dos mais polémicos acontecimentos juvenis do ano na minha óptica, foi um optimo termometro para saber como é que está organizada a juventude na cidade de Maputo, e deu para perceber que falar todos sabemos apenas falta acertarmos no idioma para nos percebermos uns aos outros.
    Parabéns pela abordagem uma vez mais !
    Moçambique é dos Moçambicanos.

    Basílio

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  2. Camarada Basilio

    Demorei para responder a este comentario, talvez fosse mesmo para que nao te lembrasses e nao podesses rispostar.

    Ora, senti no seu discurso, um avanco e um recuo ambos no mesmo passo, para ser mais claro senti que permaneces no mesmo sitio, ou seja nao conseguiste transpirar a sua verdadeira posicao, nao que nao sejas independente, penso que e o contrario, sois demasiadamente dependente.

    As vezes penso que nos, que estamos proximos de alguma coisa, sobretudo individualidades com o palmares quanto o teu que reconheco, em algum momento deveriam ter o sentido critico, apurado, claro na perspectiva de construirmos o ideal governativo, pois so assim nao teremos resquicios de que ainda falta algo ou muito para alcancarmos a nossa INDEPENDENCIA.

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