terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Turismo um veículo de Projecção Internacional de Moçambique

TURISMO EM MOÇAMBIQUE

Há muito que sentia, e isso é consensual, que o Turismo em Moçambique poderia ser um dos ramos dos quais em caso de uma grande aposta por parte do governo, sector privado e comunidades traria um significativo apoio no que concerne aos índices de crescimento económico do Estado. Mas a minha idéia passou a ser melhor consubstânciada com as explicações, idéias, debates, trocas de impressões com vários académicos e amigos, onde sem dúvida destaco o dr. Nelo Machava “o Turismólogo” , que me impulsionou de alguma forma a escrever este texto.

O grande potêncial turístico de Moçambique, concentra-se em grande escala nos seus recursos naturais (praias, recifes, parques naturais, ilhas, arquipélagos, fauna e floresta, etc) e de alguma forma pela tradição histórico-cultural (diversidade cultural, tipo de habitações, patrimónios da humanidade casos de “Timbila, Ilha de Moçambique”) entre outros factores como a estabilidade política e económica e o espírito acolhedor do povo Moçambicano.

Se é bem verdade que os dados acima expostos poderiam servir para fazer de Moçambique uma potência turística ao nível do mundo uma vez que pudemos ver que os factores actractivos do Turismo em Moçambique encontram-se desconcentrados quer em diversas áreas e sobretudo em diversas regiões do país, onde temos no Sul o parque do Limpopo e várias praias e ilhas no Maputo, Gaza e Inhambane e parque de Gorongoza no Centro, praia de wimbi no Norte, Lago Niassa, etc, só para citar alguns factores actrativos da actividade turística espalhados pelas províncias e pelas regiões do país. Também é verdade que muito há ainda por fazer para tornar o Turismo um factor chave e crucial para o desenvovimento económico de Moçambique

Neste contexto de fazer mais para tornar Moçambique um destino preferencial para actividade turística, sem dúvida que teremos que fazer uma grande viragem, grandes mudanças começando ao nível da legislação, isto é, criando regulamentos normativos que criem direitos e deveres específicos para o turista e seguindo a uma estruturação das comunidades de modo a que saibam retirar os benefícios da actividade turística.

Quería dar exemplo da praia do Tofo uma das mais actrativas quer para nacionais e estrangeiros sobretudo na quadra festiva, mas para o meu desagrado e de muitos, a estrada que saí da cidade de Inhambane à praia de Tofo encontrar-se em mau estado de transitabilidade o que sem dúvida acaba sendo um vector para retrair a actividade turística, sendo um dos exemplos dos quais devemos trabalhar mais, isto é vias de acesso de qualidade para os locais turísticos.

Para posicionar Moçambique como destino turístico de classe mundial a promoção turística é um instrumento importante para o crescimento do turismo, e ainda não se trabalhou no sentido de criar condições para que Moçambique faça parte das grandes rotas turísticas mundiais, e sobretudo pouco ou nada se está a fazer para publicitar a imagem turística de Moçambique nos grandes canais e estações mundiais que se dedicam na difusão e expansão dos potenciais turísticos.

Ao nível das redes hoteleiras é inconcebível que um país com a extensão como a de Moçambique tenha somente qualquer coisa como três hotéis de 5 estrelas e ainda nesses poucos hotéis carecem ainda de um grande investimento para se tornarem equiparados as grandes unidades hoteleiras mundiais, e assim sim tornarmos cada vez mais actrativos.

Estamos agora numa fase de comércio livre, uma etapa do pocesso de integração, penso que isto vai permitir que todos produtos que os Turistas tem trazido nas suas viaturas possam ser adquiridos aqui a preços baixos e caso se crie um regulamento para o turista podería permitir que os Turistas não entrassem com seus produtos o que contribuiria para o enriquecimento dos agentes comercias locais, e sem dúvida tirariamos proveito deste processo.

Quando falamos em projecção Internacional de Moçambique baseado no Turismo, alguns podem não nos entender, mais podemos passar o exemplo do Hawaí, quinquagésimo Estado dos EUA, possui a capital mais desejada e visitada pelos turistas, Honolulu, um verdadeiro paraíso localizado na ilha Oahu. O turismo garante 72% da economia do Estado de Hawai, dispondo de um excelente nível de serviço nas categorias de hotelaria, transporte, espetáculos e também de restaurantes, reconhecidos mundialmente. Pesquisas realizadas mostram que o Hawaí tem um dos mais altos índices de aprovação entre os turistas do mundo inteiro.

Porquê não tomar os exemplos de Estados como Hawai, países como Cuba, Jamaica e procurar perceber como é que estes países retiram benefícios do turismos; porquê não buscar parceiros internacionais BM, FMI, BAD, Commonwealth, EUA, SADC entre outras e definir programas e projectos específicos para o sector do Turismo.

A projecção internacional de Moçambique se fosse também definida sobre uma forte abordagem turística, talvez poderíamos chegar a longo prazo a ter um sector que garante em 72% a economia do Estado como vimos acima com o HAWAI, mas certamente teríamos a curto e médio prazo um grande máquina que permitiria mobilizar outros sectores da economia casos de Educação, Comércio, Indústria ect, o que contribuiria para enraizar a estabilidade política e económica de Moçambique.

Moçambique é um Estado que foi "turísticamente" abençoado, com grandes recursos naturais, como foi acima abordado, e com um povo extremamente acolhedor, e cada vez mais com recursos humanos qualificados condições férteis para desenvolver o Turismo. Mas posso garantir que enquanto o governo de Moçambique não olhar para este sector como estratégico para o desenvolvimento económico, este que seria um dos sectores em que Moçambique tem vantagens comparativas na SADC o que podería permitir que tirassemos vantangens da Integração Regional, mas sinceramente se não se fizer nada com urgência corremos o risco de ficar apagados como um destino Turístico Mundial.

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